5 curiosidades sobre a sogra de Elizabeth II
Mãe do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II recém falecido, a princesa Alice de Battenberg nasceu em 1885, no castelo se Windsor. A filha mais velha do príncipe Luís de Battenberg e da princesa Vitória de Hesse e Heno contou com a presença de sua bisavó, a rainha Vitória, em seu nascimento.
A princesa Alice nasceu com surdez congênita e sua história foi marcada por algumas polêmicas. Confira 5 fatos interessantes sobre a biografia de Alice:
1. O pomposo casamento
O casamento com o príncipe Andrew da Grécia e Dinamarca foi um dos eventos de maior destaque na época. Comentada por todos das monarquias europeias, a grandiosa cerimônia foi um marco na história da realeza e repercutiu diplomaticamente.
O evento serviu à aproximação entre a princesa Alice e a família russa de czares, cujo afeto foi demonstrado em outras circunstâncias após o casamento, com presentes dados a Alice, como joias, acessórios e itens decorativos. Dentre eles, uma tiara de US$ 14 milhões que, depois de passada a Philip, serviu de base para a criação do anel de noivado dado por ele a Elizabeth.
2. Filhos notórios
O casal teve 5 filhos: Margarida, em1905, Teodora em 1906, Cecília em 1911, Sofia em 1914 e Philip em 1921. Todos deram continuidade ao nome da família nas monarquias europeias, com importantes uniões pelo casamento. Margarida casou-se com o príncipe Godofredo de Hohenlohe-Langemburgo; Cecília, com Jorge Donatus, Grão-duque herdeiro de Hesse; e Sofia, com o príncipe Cristóvão de Hesse-Cassel, com quem permaneceu casada até se tornar viúva. Sofia teve ainda um segundo casamento, com o príncipe Jorge Guilherme de Hanôver. Não é preciso dizer que, dentre todos os matrimônios, o de maior peso foi a duradoura união entre o filho mais novo, Philip, e a Rainha Elizabeth II.
3. Tratamento com Freud
Aos 45 anos de idade, Alice foi diagnosticada como esquizofrênica. Apesar de não ter manifestações de violência, a princesa optou por ser internada em um sanatório na Suíça, em prol de recuperar sua saúde mental. No hospital psiquiátrico de luxo foi tratada por ninguém menos que Sigmund Freud, precursor da psicanálise.
Freud foi nomeado para o tratamento de Alice e a busca por um motivo para que a condição tenha surgido na idade adulta. A análise determinou como causas os altos níveis hormonais associados a relatos de frustração sexual. O tratamento, que incluía a aplicação de raios-X nos ovários, como forma de limitar o desejo sexual e antecipar a menopausa, não obteve sucesso.
4. Período de reclusão
O período no sanatório trouxe marcas físicas e psicológicas. A princesa ainda conseguiu compreender que as tentativas de controle de seu quadro de esquizofrenia leve não tinham sido salubres. Após a alta, fundou a ordem ortodoxa de freiras Marta e Maria, na qual se manteve reclusa, afastada do convívio familiar. Por meio dessa instituição executava missões de ajuda humanitária, e somente retomou o contato familiar após a trágica morte de sua filha Cecília, grávida de 9 meses, seus dois netos e o genro, Jorge Donatus, em um acidente de avião.
5. Os últimos anos
A princesa mudou-se para a Grécia em 1967. No mesmo ano, apresentando dificuldades motoras e de locomoção, foi acolhida por Philip, já casado com Elizabeth II, para ter mais cuidados. Em seu desejo final, optou por ser enterrada ao lado de sua tia, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Alice faleceu aos 84 anos, no dia 5 de dezembro de 1969, no Palácio de Buckingham. Seus bens foram totalmente doados para instituições de caridade e, até que a família conseguisse a permissão e o espaço para cumprir seu último pedido, em 1988, teve seus restos mortais abrigados na Capela de São Jorge.