Fause Haten desafia outra vez os limites entre teatro e artes visuais
Em nova temporada do espetáculo ‘Eu sou um Monstro’, Fause Haten apresenta uma experiência única da união entre teatro e artes visuais
Fause Haten sabe exatamente como unir o teatro e as artes visuais através da peça “viva”, ‘Eu Sou um Monstro’, ao transformar com base no público presente e o contexto do mundo. E ele retorna no Teatro Vivo para apresentar a segunda temporada com mais ousadia, após o reconhecimento e falas positivas da crítica, como "uma experiência visceral que desafia os limites entre teatro e artes visuais" (Folha de S.Paulo). Mas desta vez, Fause irá deixar o espetáculo mais orgânico: "Cada noite é única. O que está em pauta na sociedade, a energia da plateia, tudo isso molda a performance", adianta.
Fause Haten inspirou-se em um momento da vida real do pintor Francis Bacon: simplesmente ele encontrou o namorado morto na véspera de uma exposição e deixou o corpo no local para não ter que cancelar o evento. O artista foca nisso ao misturar teatro, performance, vídeo e artes plásticas, e desafia as classificações. A partir de improvisações gravadas em leituras com atores, o espetáculo ganha uma versão definitiva no livro “Eu Sou um Monstro”. Com uma tiragem limitada, o livro irá contar com fotos-performances inéditas, ensaios do processo criativo, e o texto original.
Fause Haten não quer saber de limites entre as artes, levando o público a uma vivência única, mantendo suas incursões na moda e nas artes visuais. No palco, Fause distorce o rosto com fitas, cordões e adesivos, refletindo máscaras vivas que questionam a ideia de identidade. Na cenografia terá camadas interativas que atraem o público para refletir sobre a “monstruosidade” do ato criativo. Citando Foucault, Fause Haten afirma: "Se substituirmos ‘monstro’ por ‘artista’, o sentido se mantém. Assumo: somos monstros que redesenham o mundo".
"Não espere uma peça de teatro, mas um ritual onde a plateia é cúmplice da transformação", define o artista.