Gabriella Di Grecco brilha em sucesso natalino ‘The Christmas Show’
Gabriella Di Grecco brilha nos palcos com o sucesso natalino ‘The Christmas Show’ e divide com a L’Officiel Brasil, detalhes de sua experiência e muito mais
Gabriella Di Grecco (34), celebra o Natal da melhor forma para uma artista: em cima dos palcos! A atriz e cantora, vive esse momento mágico ao lado de grandes nomes como Miguel Falabella, Bruna Guerin e Bruna Pazinato com o espetáculo ‘The Christmas Show’, com direção e coreografia de Fernanda Chamma.
Após a sua fantástica interpretação da música ‘All I Want For Christmas Is You’ da cantora Mariah Carey, Gabriella Di Grecco conta em entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil como é viver o Natal através do espetáculo, revela as nuances de sua carreira artística e ensina um tutorial incrível de como reproduzir a maquiagem que usa para brilhar em cima dos palcos — e que dura muito! Confira abaixo:
Como foi “viver” o Natal em cima dos palcos com o ‘The Christmas Show’?
Foi um deleite retornar aos palcos com um projeto natalino lindo e divertido como o Christmas Show. Ansiava muito por estar sobre o tablado novamente. Não imaginava que seria com um espetáculo tão lindo e que traz com tanto acolhimento o clima de Natal. Tenho a sensação de que já tem um tempo que a celebração do Natal não se faz tão presente como há anos atrás. Por exemplo, aqui em São Paulo, onde moro há 17 anos, eu senti essa diferença. Antes, a Avenida Paulista virava uma grande exposição natalina a céu aberto, era literalmente uma programação turística da cidade passear pela Paulista em dezembro e se deslumbrar com as decorações exuberantes que as ruas, lojas, shoppings e instituições exibiam com tanto orgulho. Hoje em dia, isso não é mais comum em muitas cidades.
A partir dessa experiência pessoal, o Christmas Show foi um bálsamo. É um espetáculo de Natal lindo e mágico, no qual me conectei com essa sensação tão gostosa que é esse desfrute natalino. A Fernanda Chamma e o Richard Luíz fizeram um trabalho fabuloso de direção e visual. O Miguel Falabella, claro, se encarregou de conduzir o espetáculo com seu carisma, humor e elegância clássicos. As canções e os números musicais são belíssimos! As canções escolhidas também foram um acerto! O público curtia demais e cantava tudo junto! A canção All I Want For Christmas Is You, que tive a honra e a responsabilidade de interpretar, era uma das músicas que a galera literalmente batia palma e se jogava pra cantar junto!
Realmente, o Christmas Show é um espetáculo pra encher os olhos e os corações de todas as pessoas que gostam do Natal e toda a celebração que envolve esse momento. Sou muito feliz e agradecida ao Christmas Show e ao Miguel pelo convite. Não haveria forma mais acolhedora, amorosa e iluminada de voltar aos palcos.
Você já trabalhou com grandes nomes da arte brasileira, a exemplo do Ney Latorraca, Claudia Ohana e Miguel Falabella. Quais as principais lições tirou dessas experiências?
Na nossa jornada artística, encontramos e nos relacionamos com diferentes tipos de artistas. Na minha caminhada, tive muita sorte de cruzar a estrada de nomes também como Jane Duboc, Irene Ravache, Julia Lemmertz, Nívea Maria, entre outros. O que posso dizer é: os artistas de verdade, os gigantes, são os mais presentes e generosos com quem está ao seu redor (colegas de cena, equipe técnica, etc.). Existe um motivo pra isso.
Esses artistas entendem o seu lugar na arte e na obra que estão fazendo. Toda obra (seja de teatro, novela, série, cinema, etc) é feita com a ajuda e a cooperação de todos. Os gigantes sabem que são gigantes e a função que eles ocupam numa obra: é uma engrenagem que precisa girar junto com todas as outras para a obra ser realizada com êxito. Todos os nomes citados (tanto na pergunta quanto nessa resposta) fazem parte dessa categoria e me ensinaram, por demonstração, que tipo de artista eu quero ser.
Você se autointitula como “cria de teatro”. Após provar a sua pluralidade, brilhando na televisão, nos streamings e em cima do palco – seja como atriz ou cantora – consegue chegar a um denominador comum? Tem o seu preferido?
São diferentes formas de contar história, apenas. Por isso, não tenho um favorito. Entretanto, eu desfruto demais do que cada uma dessas formas me proporciona de experiência. Estar no palco é muito diferente de estar num estúdio de gravação. O que posso dizer é que agora, nesse momento, eu tenho curtido demais o teatro e tudo o que ele oferece de experiência: estar encenando ao vivo num palco, ter feedbacks espontâneos do público (ele reage, ri, aplaude) e de sentir a experiência viva e energética que só o palco oferece. Tanto numa peça quanto num show, muitas pessoas se reúnem num determinado local e num determinado horário para vivenciar uma experiência juntos.
Quando dá o terceiro sinal, é possível sentir o tamanho da energia que isso envolve, tanto para quem está em cena quanto pra quem está na plateia. É possível sentir essa potência coletiva, como o de uma egrégora, em peças de teatro, concertos, jogos de futebol... O coletivo tem uma energia e uma potência absurdas e a magia é justamente sentir essa energia e jogar junto para que a experiência de todos seja plena e a obra aconteça (isso explica um pouco também a resposta da pergunta anterior). Então, se pudesse responder essa pergunta de forma sucinta, a resposta é: depende! Hahaha!
Em um mundo tão politizado e consciente, qual mensagem você tenta passar com o seu trabalho?
O que percebo, sinceramente, é que estamos num mundo no qual é muito mais importante parecer politizado e consciente. A percepção que tenho é que esse esforço tem uma motivação muito mais ancorada em marketing, vendas e números do que numa motivação moral sincera e honesta diante dos acontecimentos. Essa postura é visível tanto em marcas como em pessoas e, sinceramente, acho que as pessoas já estão se dando conta de que esse modus operandi ditado pelo marketing 4.0 tá com os dias contados.
O recente vídeo da Manu Gavassi, no qual ela critica toda a indústria da música (com um olhar mais profundo, na verdade ela critica toda a indústria do entretenimento), não viralizou por acaso. As pessoas estão precisando de autenticidade. Essa é uma das coisas mais lindas que o ser humano pode aportar no mundo: o seu verdadeiro ser. Claro que, é importante ressaltar que ser autêntico não significa ser preconceituoso, ou agir de forma discriminatória. A minha crítica é justamente ao fato de que as pessoas e marcas estão se apegando à forma sobre o que é ser consciente e politizado e não ao conteúdo e a prática moral que isso demanda de fato pra ser visto como algo verdadeiro e autêntico. Isso posto, a mensagem que tento passar no meu trabalho é essa: autenticidade.
Sobre autoestima: como é a sua relação com o seu corpo? Sente que estar ‘exposta’ seja nas telas ou em cima dos palcos, traz algum tipo de insegurança ou esta é uma boa maneira de estabelecer a autoconfiança?
Minha autoestima está muito mais pautada na minha percepção sobre quem eu sou emocionalmente, psicologicamente, moralmente, eticamente... presto atenção demais nisso. Fisicamente a minha aparência dificilmente entra nessa equação. A minha parte física tem a minha atenção muito mais no que se refere à saúde e ao desempenho do corpo para as atividades. Mas sim, o teatro é uma ferramenta profundamente transformadora na nossa autopercepção, o que afeta diretamente a nossa autoconfiança.
É provado cientificamente que o teatro tem resultados e benefícios incríveis para a nossa autoestima, autoconfiança, autoconceito e autoconhecimento, sendo recomendado como terapia para os mais diversos tratamentos envolvendo depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, TDAH, entre outros. Sou uma eterna defensora do teatro e do seu poder arrebatador de transformação. Recomendo a toda e qualquer pessoa que o faça. Não existe ser humano que saia de uma experiência teatral da mesma forma que entrou.
Como prepara a sua pele para receber as ‘makes baphônicas’ de peças musicais?
Eu adoro fazer minha maquiagem antes de subir no palco! Tenho uma dica que ajuda a pele ficar inteirinha de modo que dá pra suar em duas sessões e ainda sair belíssima pra jantar depois! Se liga:
1. Comece limpando a pele e fazendo a sua rotina de skincare (limpando, tonificando, hidratando);
2. Aplique o protetor solar (luz de palco queima!);
3. Aplique o primer de acordo com a sua necessidade (glow, controle de oleosidade, disfarçar poros e linhas), eu gosto de ir no glow mesmo pra ter aquela pele cheia de viço!
4. Aplique a base, começando pelo centro do rosto e espalhando pras laterais. Dessa forma você concentra a base onde normalmente precisa de mais correção e os cantos ficam com a sua pele natural, economizando produto, ficando perfeitamente esfumado, sem deixar marca de base entre rosto e pescoço ou raíz dos cabelos;
5. Agora vem o primeiro trucão: esse é o momento de borrifar uma bruma fixadora;
6. Em seguida, seguimos com a maquiagem normalmente: olhos, contorno/blush, batom, iluminador e acabamentos;
7. Segundo trucão: vem com um pó translúcido solto, com um pincel duo fiber, passando pelo rosto todo delicadamente;
8. Terceiro trucão: vem novamente com a bruma fixadora, deixando secar novamente.
Agora você tem uma make que segura duas sessões e um jantar! O segredo todo está na preparação da pele pré-maquiagem e as camadas de bruma fixadora com pó! Divirta-se!
E o preparo físico para aguentar a maratona de shows e gravações? Segue uma rotina de exercícios?
O preparo físico é extremamente importante. Ajuda muito a estar pronto o mais rápido possível pro set e pro palco! Na nossa vida de artista, a máxima é sempre: ESTEJA PRONTO. Um teste e uma audição podem aparecer a qualquer momento, então se manter treinando em tudo que faz a sua arte acontecer é muito importante. Como sou atriz, cantora e dançarina, tenho uma rotina de treinos que intercalo de segunda a sexta. Essa rotina inclui treino HIIT, musculação, aulas de dança, canto e interpretação. Assim consigo garantir potência física, força, mobilidade, flexibilidade e artisticidade para toda e qualquer hora!
Quais as suas principais escolhas no momento de preparar uma refeição saudável? E qual a “besteirinha” que você não consegue resistir, mesmo quando segue uma dieta?
Eu busco consumir uma alimentação que seja rica em proteínas e fibras, com carboidrato sendo colocado de forma estratégica, redução de açúcares e de alimentos inflamatórios. A parte da inflamação é a que eu essencialmente presto mais atenção. Um corpo inflamado simplesmente não responde com a mesma prontidão e eficácia que um corpo desinflamado. Há alguns meses descobri que apresentava um quadro de inflamação generalizada e crônica e senti na pele o quanto o corpo padece nessa situação. Sem contar que a inflamação crônica pode desencadear várias doenças crônicas e típicas da madurez.
Hoje em dia, faço um acompanhamento bastante aprofundado e detalhado da minha saúde com a minha médica Dra. Christiane Curci Regis, que além de ser uma ginecologista fabulosa, cuida da saúde da mulher em todas as áreas (hormonal, ginecológica, nutricional, celular, etc). Depois que passei a olhar de perto pra minha saúde e para inflamação nunca mais tive problemas, pelo contrário, meu corpo está mais disposto do que nunca!
Para você, como seria uma “Natal perfeito”?
Uma das coisas que eu mais gosto no ‘Christmas Show’ é que, nesse musical, contamos de forma muito divertida e edificante como surgiu a celebração do Natal, seu significado e como ele se manifesta em diversos lugares no mundo. Depois de estar em cartaz com essa obra, acho que pra mim o Natal Perfeito seria aquele no qual a gente lembrasse da única coisa que o aniversariante, como o caminho, a verdade e a vida, veio nos fazer lembrar: somos, de verdade, o mesmo ser.
Agora, uma brincadeira rápida:
Último livro que você leu: Homens São De Marte, Mulheres São De Vênus (o pessoal deveria parar de procurar conselhos com gurus da internet e ler esse clássico que todas as pessoas deveriam ter em casa para se relacionar em qualquer nível com qualquer pessoa).
Seu filme favorito: Titanic (tem tudo que um filmão precisa ter: uma história real epicamente trágica, uma grande história de amor, protagonistas carismáticos e interessantes, efeitos especiais incríveis – pra época, claro – e uma direção digna do James Cameron)!
Seu status de relacionamento: Amando
Uma viagem inesquecível: Egito e Japão
Uma qualidade e um defeito seu: Não tenho medo do tempo e das suas consequências.
Confira abaixo, o especial de Natal da Gabriella Di Grecco para a L'Officiel Brasil completo: