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Internet: quem são os influencers do futuro?

Saiba quem são os Genuinfluenciadores e porque ser verdadeiro é o principal pilar da comunicação do futuro na internet

Quem são os influencers do futuro?
Quem são os influencers do futuro?

As definições de infuencers foram atualizadas com sucesso! Em meio a um cenário pandêmico, nasce uma nova safra de influenciadores, e eles não querem vender nada pra você. Os ‘genuinfluencers’ é nome que da, a agência de previsão de tendências  WGSN, aqueles formadores de opinião que estão mais interessados em passar uma mensagem do que a publicidade em si. O termo deriva de ‘genuíno’, onde a transparência se torna um pilar fundamental na comunicação dos neo influenciadores.

 

A Procter & Gamble foi uma das primeiras marcas a colher os frutos de uma genuinfluenciadora, com a campanha no Tiktok chamada #Distancedance, e foi através de uma dancinha, que Charli D’Amelio transformou a tag em um fenômeno. A porta-voz foi lá e deu o nome criando uma coreografia viral que promovia práticas de segurança e distanciamento social. E assim nasce uma estrela, com apenas 16 anos Charli construiu seu império com tiktok’s que com certeza você já deve ter visto por aí. O clipe original de 20 segundos foi visto mais de 191 milhões de vezes, tornando-se o vídeo mais visto na plataforma de todos os tempos. De acordo com a PRWeek , "a campanha levou à criação de mais de 3,5 milhões de vídeos com a #, que foram vistos coletivamente mais de 15,6 bilhões de vezes."Nunca saberemos - quantitativamente, é claro - em que grau a #DistanceDance de D'Amelio evitou a propagação de doenças, mas é fato que a informação foi passada a diante.

Charli D’Amelio
Charli D’Amelio

Nos últimos 12 meses, essa foi exatamente a justificativa por trás de campanhas semelhantes de influenciadores centrados no coronavírus: se as pessoas não estão ouvindo o governo, talvez eles possam acreditar na verdade de pessoas que sejam rostos conhecidos ou de gente como a gente, que tá ali na internet compartilhando mais do seu dia a dia, sem script. No Brasil, vimos as imagens de famosos como Antônio Fagundes, Rodrigo Lombardi, Luiza Possi, Patrícia Pillar, Daniela Mercury, Tony Ramos, Malu Mader, Bete Faria, Lilia Cabral, Julia Lemertz, Bob Wolfenson, Lucio Maia, Denise Braga, Adriana Calcanhoto, Rosana Hermann, Adriana Esteves, Andrea Beltrão, Alessandra Negrini, Paolla Oliveira, Fernanda Montenegro, Juliana Alves, Cauã Reymond, Lázaro Ramos, Babu Santana, Ary Fontoura e Regina Casé, Flávia Viana, João Zoli e Jessika Taynara, entre outros, usando da transparência e alertando a necessidade de que a grande maioria da população confie na vacina.

Influencers do futuro
(Foto: Reprodução/ Instagram)
Flávia Viana, João Zoli e Jessika Taynara
Flávia Viana, João Zoli e Jessika Taynara (Foto: Reprodução/ Instagram)

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE OS GENUINFLUENCIADORES

Nem todos os influenciadores são genuinfluenciadores – e de forma confusa mesmo- nem todos os influenciadores genuínos são influenciadores. Mary Keane-Dawson, CEO do grupo da agência de marketing influenciador TAKUMI , identifica uma distinção crescente entre influenciadores e criadores de conteúdo. Segunda ela, influenciadores genuínos, se enquadram na última categoria: eles geralmente já são especialistas em um determinado tópico e usam suas plataformas para fornecer aos usuários, conteúdo informativo. Isso se opõe aos influenciadores - apenas influenciadores - cujas motivações online tendem a girar em torno do engajamento, em oposição à educação.

Os influenciadores em já existem desde o final dos anos 90, quando os blogs surgiram em sites como a plataforma gratuita Blogger. Mas foi só em 2010, que esses influenciadores puderem colher os frutos da capitalização da sua presença on-line em plataformas visuais. “Em 2020, algo começou a mudar, e foi devido a grande lista de motivos que incluía, 10 anos de justiça social, sobrecarga de tecnologia, desigualdades, esgotamento e aumento da consciência da saúde mental”, diz Owen. "2020 foi sobre informação e entretenimento. Havia essa nova moeda que estávamos vendo em torno do conhecimento e da informação, e quase tinha seu próprio senso de capital cultural." Em 2021, de acordo com Sarah Owen, uma estrategista sênior da WGSN, o próximo ano deveria funcionar com uma dinâmica diferente.

No ano passado, Keane-Dawson descobriu que as características mais lucrativas para seus clientes são a compaixão, a compreensão e a responsabilidade. "Os usuários não querem ser inundados com conteúdo com cara de publi", diz ela. Em vez disso, eles desejam a transparência que genuinfluenciadores produzem: aqueles que fornecem informações úteis ​​para os usuários.

Agora se você é o influenciador, vamos lá... Se você construir isso tudo com uma base do público ativamente engajado com uma plataforma relevante e diferenciada - as marcas virão. Se as marcas forem inteligentes, pelo menos. Uma pesquisa recente da TAKUMI com mais de 3.500 influenciadores, profissionais de marketing e consumidores dos EUA, Reino Unido e Alemanha, constatou que um quarto de todos os consumidores fornecem mais atualizações de notícias do que jornalistas e grandes meios de comunicação. Ao olhar para os jovens de 16 a 34 anos, esse número subiu para 38%.

No futuro, os defensores verdadeiros são aqueles que têm mais seriedade, aqueles que criarão sua persona digital a partir de um contato com seus próprios valores”, diz Owen. "E cada vez mais, os influenciadores terão que de fato, de forma proativa, aprimorar suas habilidades para encontrar novos nichos dentro de si mesmos para melhor servir sua comunidade."

Isso já está acontecendo: Owen reconheceu os primeiros usuários na comunidade de influenciadores que começaram - gradualmente - a criar novas narrativas para si mesmos que falam melhor com essa interseção de conhecimento e entretenimento. Na maneira antiga e mais ambiciosa de fazer as coisas, seria um desafio monetizar, mas uma economia movida por pares está se aproximando, permitindo que o público pague aos criadores diretamente. "Podemos ver que o aumento dos influenciadores genuínos é sintomático de uma mudança em toda a indústria do marketing puramente para questões políticas e sociais", disse Keane-Dawson. "O conteúdo nas redes sociais, com o tempo, parecerá menos com propaganda e parecerá mais direcionado ponto a ponto, com ênfase no conteúdo envolvente e perspicaz." Ninguém aguenta mais #publipost, né?

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