The Ratched: inspire-se na decoração da casa de Lenore Osgood
The Ratched, a nova série da Netflix, já chegou ao serviço de streaming chamando a atenção por conta de seus visuais impressionantes, arquitetura luxuosa e cuidado com os detalhes, criando o ambiente perfeito para ser o cenário de uma história cheia de sangue e reviravoltas. Inspirada no romance de Ken Kesey, Um Estranho no Ninho, o enredo se passa em 1947 e conta o início da carreira profissional da jovem Mildred Ratched (Sarah Paulson) no sistema de saúde mental, passando de uma simples enfermeira para um verdadeiro monstro capaz de cometer uma série de assassinatos. Para dar equilíbrio à premissa tensa da série e deixar o clima menos pesado, os cenários receberam atenção especial, com espaços amplos e luxuosos que ajudam a desviar a atenção do telespectador da trama cheia de momentos angustiantes - ainda que muito interessantes.
Apesar do visual do sanatório por si só já ser impressionante, outra locação usada na série merece um destaque especial: a casa de Lenore Osgood, uma rica e excêntrica herdeira, interpretada por Sharon Stone. A casa usada como cenário para belas tomadas existe na vida real e se trata da residência Dawnridge, localizada em Beverly Hills.
O local foi construído em 1940 por Tony Duquette e sua esposa Elizabeth, na mesma época em que se passa a série, o que colabora ainda mais na fidelidade da produção. Ao longo dos oito episódios disponíveis, é possível vislumbrar alguns dos ambientes principais da casa, como o salão de entrada, o cômodo exterior, o piso superior e parte dos jardins. Assim, repleta de encantos, ela pode ser sua nova referência de decoração. Confira os detalhes!
Bom gosto maximalista
Logo na entrada é impossível ignorar a enorme quantidade de quadros espalhados pelas paredes, que disputam o olhar em conjunto com esculturas e outras obras de arte. A escada na lateral do cômodo é outra obra-prima, feita de metal e com detalhes em marrom. O efeito do pé direito alto é destacado com o uso de espelhos em várias paredes, que também dão a sensação de um espaço mais amplo, assim como a presença de um lustre grande e de pinturas no teto, quase uma Capela Sistina em miniatura, que elevam ainda mais o olhar. O maximalismo fica evidente com a grande quantidade de informações, que conversam entre si de maneira combinada.
Já na parte de fora, a decoração lembra vagamente o estilo Boho, com o uso de muitas cores e mistura de estampas que se complementam. O verde, outra cor muito usada durante toda a série, também ganha destaque no ambiente, com o uso de uma textura esverdeada nas paredes, além da presença de várias plantas. Madeira e ferro são alguns dos materiais utilizados, aparecendo inclusive em gaiolas penduradas no teto, que fazem as vezes de luminárias, com luz artificial constante, mesmo com a entrada de luz natural. Por todo o espaço, é possível notar referências à paixão de Osgood pela fauna e culturas consideradas “exóticas”, com esculturas de animais, miniaturas de templos, entre outras coisas. Já no andar de cima, a combinação do vermelho e do verde é quase como um arremate para toda a decoração no resto da casa. As padronagens das paredes, semelhantes à conchas, também aparecem no salão de entrada, deixando claro como toda a decoração da casa é coesa e conversar entre si.
Por fim, o jardim construído do lado de fora da casa transporta o visitante para uma selva, que cresce em canteiros de plantas, vasos de materiais variados e espécies escolhidas com cuidado para criar um efeito de preenchimento do espaço, mas sem sobrecarregar. O jardim conta com vários ambientes e espaços, e na série abriga uma mesa laranja com tampo de vidro e algumas cadeiras, usadas pelos personagens da trama.
Mudanças necessárias
Para adequar o espaço à personalidade de Osgood e ao período em que a série acontece, alguns itens da casa foram substituídos pela equipe de cenografia, mudanças que ficam visíveis ao comparar as cenas da série com imagens da residência Dawnridge antes das filmagens. No cômodo que dá para o exterior da casa, por exemplo, alguns dos móveis foram substituídos para dar um ar mais vintage ao ambiente, com a substituição de poltronas com estofado de estampa animal print por outras de cor laranja ou acabamento em madeira e almofadas de cores vibrantes.
Os móveis do salão de entrada também mudaram, com a adesão de peças chamativas e de cores quentes, troca intencional, já que o vermelho é uma das cores mais predominantes na série, fazendo parte de sua estética principal. Várias esculturas e vasos, todos de tamanhos grande, também foram incluídos nos diferentes cômodos da casa, reforçando a paixão da dona da casa por arte e objetos de luxo.
A qualidade e o cuidado com todos os outros elementos da série contribuem para uma ambientação verossímil, que transporta o telespectador para a década de 1940. O destaque vai, especialmente, para os veículos e as roupas usadas pelos personagens, feitas em tonalidades chamativas e que combinam com o jogo de cores visível ao longo de toda a série.