Alta-costura: Azzaro apresenta coleção de inverno 2022
Hit do começo dos anos 2000, quando revolucionou a Rochas e passou pela Nina Ricci, o belga Olivier Theyskens assumiu a Azzaro há um ano e meio - exatamente o tempo em que os desfiles foram suspensos, fazendo com que sua estreia na casa nova fosse 100% virtual. Uma vantagem para ele, que teve tempo de mergulhar no histórico de Loris Azzaro para definir como aconteceria sua direção-criativa. Agora, com um mundo pós-pandemia à vista, Olivier já coloca as mangas de fora e — na sua terceira coleção — mostrou a que veio, com menos videoarte conceito e mais roupas.
O estilista tem mão forte e ficou conhecido pela sua moda festa de luxo mezzo gótico exuberante que fazia muito sentido vinte anos atrás - e, se colocarmos a roda dos retornos da moda na conta, está prestes a reviver. Bom para ele, que volta a ter uma marca de nome forte nas mãos. E se aproveita para misturar o sexy histórico da Azzaro mais a sua darkzera habitual, com vestidos minimalistas e lânguidos, por vezes apenas trabalhados no corte em viés e noutras, adornados em pedrarias que vão descobrindo mais ainda a pele; em paralelo, o masculino vem com alfaiataria em tecidos resinados e silhuetas alongadas. É o tipo de coleção que faz mais sentido se for adotada nos tapetes vermelhos que devem recomeçar a acontecer com força em breve. As apostas de Theyskens estão no ar.