Balenciaga couture: confira a 53ª coleção da marca
Em um mix de referências e estilos, a Balenciaga apresenta sua 53ª coleção de alta-costura. Veja todos os detalhes!
A 53ª coleção Balenciaga couture é uma mistura de referências vindas das subculturas streetwear, gótica, skatista e metaleira interagindo com formas minimalistas e, em parte, com glamour reimaginado pelo diretor criativo Demna. O primeiro look, por exemplo, é uma t-hirt usada com jeans délavé e jaqueta no mesmo tom clarinho amarrado na cintura, combinados com scarpins pontudos, luvas e chapéu de plumas.
Há, certamente, o espírito de subversão, entretanto, na alta-costura nada é exatamente o que parece ser. A camiseta minimalista é forrada à mão com cetim preto e reflete uma inspiração em Warhol: seja a mercadoria básica uma lata de sopa ou uma camisa do dia a dia, Demna está interessado não apenas no objeto em si, mas também nas técnicas usadas para elevar o status desse objeto. A proposta foi enfatizar a relação entre o tecido, a forma, a vestimenta e o corpo.
Quatro dos códigos de assinatura de Cristóbal Balenciaga estão presentes: a silhueta casulo, que enfatiza o espaço entre a roupa e o corpo; a manga em forma de sino de três quartos; a extravagante e quase excêntrica chapelaria e a inovação dos tecidos. Jaquetas em couro, jeans e náilon vêm com volume estruturado; o artista Abdelhak Benallou pintou à mão uma camiseta; um casaco de cabelo sintético foi tingido manualmente pelo cabeleireiro Gary Gill (essa peça levou aproximadamente 2,5 meses para ser feita); camisetas drapeadas à mão e em resina congelada feitas em colaboração com o artista Ni Hao, ou fibra de carbono moldada em colaboração com o artista Alastair Gibson dão forma a chapéus.
A coleção exibe, ainda, outras experimentações: um vestido coluna branco é feito de sacos plásticos derretidos e reciclados, enquanto outro vestido drapeado é feito de uma peça de couro sem costuras e preso com um alfinete de segurança gigante. Em um terceiro vestido o corpete é feito de pele sintética, com pequenas tiras cortadas e costuradas em um arranjo de espinha de peixe, imitando uma tradição secular de reutilização de sobras – foram sete semanas e meia para ficar pronto.
O desfile, que teve formato similar ao das antigas versões de ateliê, teve entre os últimos looks um efêmero vestido de noiva feito com 47 metros náilon. Em 30 minutos a peça foi montada diretamente no corpo da modelo momentos antes de ele entrar na passarela. Esta peça é uma performance e experiência efêmera e levou apenas 30 segundos para dissolver no término da apresentação.