MFW: Moschino leva bom-humor, leveza e sofisticação para o verão

Adrian Appiolaza, 51 anos, assumiu a direção criativa da Moschino em janeiro deste ano. O show desta quinta-feira, verão 2025, foi seu segundo desfile para a marca italiana. Formado pela Central Saint Martins, em 2002, traz na bagagem a experiência de ter trabalhado com Alexander McQueen, Miguel Adrover, Phoebe Philo (Chloé), Miuccia Prada (Miu Miu), Marc Jacobs (Louis Vuitton), Clare Waight Keller (Chloé) e Jonathan Anderson (Loewe).

Appiolaza trata o bom-humor, característica da Moschino, com leveza e sofisticação. As irreverências são sutis, mas estavam presentes em cada um dos looks apresentados em um galpão decorado com roupas brancas penduradas em varais. Na coleção, quis explorar Foto: Re mas muito bem focadas no cotidiano e na individualidade (pensamento da vez) de cada personagem, de marinheiro sem gênero com cachimbo minimalista à dona de cada com uma chaleira não mão. A proposta passa por transformar o ordinário em extraordinário. E isso ficou claro na complexidade dos looks, da sequência em branco que abriu o desfile às criações com vestidos afixados nas costas no final da apresentação.

A alfaiataria foi redimensionada e desconstruída, vestidos clássicos pretos "Tubino" se fundiram com roupões de seda estampados, estofamento virou agasalho luxuoso, cadarços ganharam destaque em uma parka, um desenho criado por Franco Moschino na infância foi transformado em uma estampa linda nas costas de um casaco. O ato de brincar com elementos variados, aqui, veio traduzido em roupas, palavras, ideias e percepções. O resultado? Uma coleção altamente desejável.