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Depressão e intestino: qual a relação?

Entenda como a saúde intestinal pode influenciar o quadro emocional e mental, incluindo a ansiedade e a depressão!

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Foto: Getty Images

A relação entre saúde intestinal e saúde mental tem sido cada vez mais estudada, revelando uma conexão surpreendente entre esses dois sistemas do corpo humano. Descobertas científicas têm mostrado que condições psicológicas, como ansiedade e depressão, podem estar diretamente relacionadas ao estado do nosso intestino. No Brasil, o número de pessoas que enfrentam transtornos mentais, como depressão e ansiedade, tem aumentado, e a Organização Mundial da Saúde alerta que, até 2030, a depressão será a principal causa de doenças no mundo.

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O intestino, órgão responsável pela digestão e absorção de nutrientes, está profundamente conectado ao cérebro, com a microbiota intestinal — uma coleção de trilhões de micro-organismos — desempenhando um papel vital no funcionamento cerebral. Assim, essa microbiota influencia nossa saúde mental, afetando emoções e comportamentos.

Um estudo realizado pelo gastroenterologista Emeran Mayer e publicado na revista Nature, apontou que desequilíbrios na microbiota intestinal podem estar associados à depressão. Em pacientes diagnosticados com essa condição, observou-se a redução de algumas bactérias benéficas, o que sugere que a saúde intestinal pode ter um impacto significativo no estado emocional. A composição da microbiota é única para cada indivíduo e pode ser alterada por fatores como alimentação, estresse e uso de medicamentos, influenciando diretamente o equilíbrio mental.

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Além disso, a saúde intestinal está diretamente relacionada à produção de neurotransmissores essenciais, à regulação do sistema imunológico e ao equilíbrio hormonal. Desequilíbrios na microbiota podem estar associados não apenas à ansiedade e depressão, mas também a transtornos como déficit de atenção, hiperatividade, autismo e até doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

Portanto, manter a microbiota intestinal equilibrada é essencial para o bem-estar mental. A alimentação desempenha um papel central nesse processo, já que uma dieta saudável pode promover uma microbiota equilibrada, com efeitos diretos na saúde.

Alimentos ricos em fibras, antioxidantes e ácidos graxos ômega-3 ajudam a manter a diversidade e a estabilidade da microbiota, enquanto o consumo excessivo de alimentos processados, ricos em gorduras e açúcares, pode prejudicar o intestino, aumentando os riscos de inflamação e afetando negativamente o humor e o equilíbrio emocional.

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É importante ressaltar que a alimentação é apenas uma parte da saúde mental. Para um tratamento eficaz, é fundamental incluir hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos, uma boa qualidade de sono e técnicas de manejo do estresse. Dessa forma, cuidar do intestino pode ser uma estratégia terapêutica poderosa para o equilíbrio emocional e a prevenção de transtornos mentais, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

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