Colágeno: tudo sobre a proteína da juventude na pele masculina
À medida que envelhecemos, nossos níveis naturais de colágeno diminuem; então conversamos com o dermatologista Dr. Renato Soriani para descobrir como retardar o processo com ajuda das tecnologias
À medida que envelhecemos, a produção de colágeno naturalmente diminui, levando a alterações visíveis como rugas e perda de tonificação. Ao contrário das mulheres, que são fissuradas na chamada ‘proteína da juventude’, os homens pouco sabem sobre colágeno. “Essa proteína é a mais abundante em nosso corpo. A pele do bebê, por exemplo, é roliça e macia por conta dos altos níveis de colágeno. A função dessa proteína para a pele é fornecer elasticidade e sustentação. Mas nem todos os tipos de colágeno são iguais — o tipo um ajuda com a pele jovem e rejuvenescida, enquanto os tipos três, quatro e cinco dão suporte em segundo plano, por exemplo, com cicatrizes de cura”, explica o dermatologista Dr. Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Esses níveis de colágeno caem com o passar do tempo. Essa queda é mais acentuada nas mulheres, mas os homens não estão imunes. No final dos nossos 20 anos começamos a perder colágeno (1% a cada ano). Aos 40, essa perda se acelera. Aos 50 anos, é possível que um paciente homem tenha a metade dos níveis de colágeno comparado a sua pele na juventude”, acrescenta.
Abaixo, o médico explica tudo que o homem precisa saber sobre o colágeno:
Muito prazer, colágeno
Se ainda não está claro, a baixa na produção de colágeno que o processo de envelhecimento traz é a responsável pelos sinais da idade que aparecem na pele. “As rugas e flacidez da pele surgem pelo envelhecimento, mas há outros fatores associados à degradação do colágeno: exposição ao sol, tabagismo e uma dieta ruim podem destruir a elasticidade da sua pele”, diz o médico.
Colágeno na mulher X no homem
Outras boas notícias para os homens: “A pele dos homens é significativamente mais espessa do que a das mulheres devido aos andrógenos (como a testosterona), que produzem uma rede mais densa de fibras de colágeno do que a encontrada na pele feminina. Embora tanto homens quanto mulheres comecem a perder colágeno a partir dos 20 e poucos anos e início dos 30, os efeitos ocorrerão mais gradualmente nos homens devido ao seu maior suprimento de colágeno. Influenciada pela diminuição dos níveis de estrogênio, a menopausa também desempenha um grande papel na redução do colágeno nas mulheres. Mas cuidar da pele também deve ser uma preocupação masculina”, acrescenta o Dr. Renato.
E agora, quem poderá nos defender?
Se está faltando colágeno, o ideal é comer ou suplementar colágeno, certo? Não é tão fácil assim. “O colágeno é uma macromolécula. O corpo quebra essas moléculas assim como digere as proteínas: em aminoácidos, que serão utilizados de acordo com a necessidade. E os aminoácidos têm uma série de ações prioritárias no nosso organismo. Então, as necessidades de suplementação devem ser avaliadas caso a caso”, explica o Dr. Renato Soriani. Mas o que realmente não tem erro? O estímulo de colágeno. “Chamamos de estímulo de colágeno a ação que as tecnologias como lasers, ultrassom e radiofrequência exercem na pele. Por exemplo, o tratamento Morpheus 8 conta com microagulhas que provocam microfuros na pele e libera radiofrequência em uma energia que vai aquecer o tecido mais profundo. Esse aquecimento estimula as células produtoras de colágeno (fibroblastos) a produzir mais dessa proteína. Esse efeito também pode ser conseguido por outras formas além do calor, como o estímulo químico dos bioestimuladores de colágeno injetáveis. Eles provocam uma reação inflamatória controlada que estimula as mesmas células”, destaca o Dr. Renato. Outra possibilidade é pelo uso do ultrassom microfocado Liftera 2. “A aplicação da tecnologia Liftera 2 gera na pele um efeito 5D, multidimensional, em suas quatro dimensões físicas do tratamento (tempo, potência, resultado e movimento) e também na dimensão molecular, que promove pontos de coagulação em camadas específicas da pele e, através do estímulo das células, provoca a proliferação de fibroblastos, aumentando a produção de colágeno e elastina, duas fibras estruturais da pele que conferem firmeza e elasticidade”, diz o dermatologista.
Sobre os cremes:
Os cremes e, principalmente, o fotoprotetor podem ajudar muito: eles poupam colágeno. “A ideia é atuar de maneira preventiva evitando os danos da radiação ultravioleta na pele. Entre esses danos está a destruição do colágeno. Portanto, o uso do fotoprotetor deve ser feito diariamente, independentemente da presença do calor. Em dias nublados, também é necessário usar protetor solar”, completa o médico.
O que mais ajuda?
A dieta desempenha um grande fator: “Uma dieta rica em antioxidantes também apoia a proteção contra radicais livres, que degradam colágeno. Além disso, a produção de colágeno requer vitamina C, então certifique-se de ingerir a dose diária recomendada. Zinco, silício e biotina também apoiam a produção de colágeno.” E não fuja das proteínas: “Comer uma dieta rica em aminoácidos, como carne vermelha, aves, ovos e peixes, pode ajudar na produção de colágeno pela presença de aminoácidos, os blocos de construção do colágeno”, completa o médico. “Mais dicas para manter a pele firme incluem bons hábitos como não fumar, não beber, ter uma boa noite de sono e praticar atividade física”, finaliza o dermatologista.