MASP recebe três novas exposições em Dezembro 2024
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) se prepara para surpreender o público com três novas exposições. Veja todos os detalhes!
Dezembro promete ser ainda mais especial para a cena cultural de São Paulo. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) se prepara para surpreender o público com três novas exposições: Histórias LGBTQIA+, Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades e Sala de Vídeo: Manauara Clandestina.
Fundada em 1947, a instituição conhecida por sua rica programação e por abrigar um acervo inestimável, oferece uma oportunidade de apreciação e reflexão sobre a arte contemporânea e suas intersecções. Dezembro de 2024 será um convite para explorar novas narrativas. Confira todos os detalhes:
Histórias LGBTQIA+ (13/12/2024 - 13/4/2025)
A exposição coletiva de grande escala Histórias LGBTQIA+ encerra a programação do ano de 2024 do MASP totalmente dedicada ao tema diversidade LGBTQIA+. Com cerca de 200 obras de acervos públicos e privados do Brasil e do exterior, a mostra será organizada em diversos núcleos. Histórias LGBTQIA+ ocupará os dois principais espaços da galeria do MASP dedicados a exposições temporárias: no segundo subsolo e primeiro andar do museu, totalizando aproximadamente 1.000 m².
A noção plural de histórias, em português, é particularmente relevante (em oposição à noção de History em inglês, por exemplo), pois pode abranger ficção e não ficção, relatos pessoais ou políticos, narrativas privadas ou públicas, possuindo um caráter aberto, especulativo, diverso e polifônico.
Desde 2016, as Histórias são acompanhadas por um grande catálogo publicado em português e em inglês e uma antologia (somente em português), que reúne textos importantes sobre o tema, incluindo ensaios apresentados durante os seminários internacionais organizados nos anos anteriores em antecipação à exposição.
- Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP; Julia Bryan-Wilson, curadora-adjunta de arte moderna e contemporânea, MASP, com assistência de Leandro Muniz, assistente curatorial, MASP, e Teo Teotonio, assistente curatorial, MASP
Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades (13/12/2024 - 6/4/2025)
O coletivo Serigrafistas Queer surgiu durante uma oficina de serigrafia que tinha o objetivo de ensinar ativistas a estampar camisetas para a manifestação do Orgulho LGBTQIA+, em Buenos Aires. Composto por artistas, ativistas e participantes espontâneos, o coletivo combina técnicas de artes gráficas com slogans e frases de protesto que são impressos em faixas, camisetas e peças de tecido. A partir de encontros periódicos, os Serigrafistas Queer promovem discussões sobre o potencial das palavras de ordem provenientes de práticas e discursos dissidentes, estratégias para ampliar a disseminação das inúmeras possibilidades de manifestação dos desejos, além da produção de dispositivos móveis que facilitam as impressões serigráficas e com estêncil. Suas ações ocorrem frequentemente em contextos artísticos, mas é na construção de uma consciência política elaborada nas ruas, durante manifestações e eventos afirmativos das causas defendidas pelas dissidências sexuais e de gênero, que o trabalho atinge a dimensão do ativismo e dissemina vozes em luta.
O coletivo já participou de duas exposições no MASP: Histórias da sexualidade (2017), no núcleo Ativismos e políticas do corpo, e Histórias de Mulheres, Histórias Feministas (2019). Além disso, 56 obras de sua autoria integram o acervo do museu. A exposição Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades é um testemunho da colaboração entre a instituição e o coletivo. A mostra será acompanhada de um programa de oficinas e de um catálogo com ensaios especialmente escritos para o volume.
- Curadoria: Amanda Carneiro
Sala de vídeo: Manauara Clandestina (13/12/2024 - 9/2/2025)
Manauara Clandestina (Manaus, Amazônia, 1992) é artista visual e estudante de cinema. Filha de pastores, foi criada em missões no interior do Amazonas. Seu contato inicial com a arte se deu com o teatro e a música na igreja, já sua produção surge como uma interpretação da vida noturna na cidade. Seu trabalho com a performance aborda novas perspectivas sobre a existência travesti, questionando as condições que a permeiam a partir de processos de transição de fronteiras e de mergulhos sensíveis que constroem registros íntimos de uma artista nortista. Sua prática edifica construções imaginárias dentro da moda, evocando diálogos que dão luz às subjetividades das corporeidades dissidentes brasileiras.
Em 2020, sua pesquisa foi desenvolvida a partir do Programa de Residências da Delfina Foundation (Londres, Reino Unido) e, em 2021, no Piramidón - Centro de Arte Contemporânea (Barcelona, Espanha), ambas com o apoio do Instituto Inclusartiz (Rio de Janeiro, Brasil). Em 2021, apresentou duas mostras individuais, Pitiú de Cobra (Delirium, São Paulo) e Saltação (Casa70, Lisboa). Participou de diversas exposições coletivas em importantes instituições, incluindo o IAB SP – Instituto de Arquitetos do Brasil (São Paulo) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 2022, participou da 75ª edição do Festival Internacional de Cinema de Edimburgo (EIFF) e, em 2023, da 1ª Bienal das Amazônias (Belém, Brasil) e da exposição El tiempo es una ilusión, em Collegium (Arévalo, Espanha).
- Curadoria: Leandro Muniz, curador assistente MASP