Matthew Perry tinha uma conta milionária quando morreu
Ator de Friends possuía bens pessoais que ainda não fazem parte do inventário
Depois de oito meses da morte do ator Matthew Perry, aos 54 anos, alguns detalhes de sua vida financeira vieram à tona nos últimos tempos.
Lisa Fergurson, uma das responsáveis pelo espólio do ator de Friends, apresentou os documentos referentes ao inventário e avaliação sobre os bens do artista. Segundos os documentos obtidos pela Revista People na última terça-feira (02.07), a conta bancária do ator possuía US$ 1.596.914,47 antes de sua morte.
Além da conta, Matthew Perry, conhecido por viver o irreverente Chandler Bing na série Friends, tinha outros bens que não faziam parte do processo. Há quatro meses, a publicação americana afirmou que o testamento do ator indicava que a maioria de seus pertences foram colocados em um fundo fiduciário para transferir o patrimônio a herdeiros.
O documento, concebido em 2009, revelou que Perry queria deixar seus bens no Alvy Singer Living Trust, fundo cujo nome foi inspirado no universo do cinema. Alvy Singer é o personagem icônico interpretado por Woody Allen em sua comédia romântica Annie Hall (1975). No livro de memórias de Perry, Friends Lovers – And The Big Terrible Thing (2022), o ator relembrou um dia com sua mãe que terminou com os dois assistindo ao filme.
Os pais do ator – John Perry e Suzanne Morrison – foram nomeados como beneficiários, assim como a meia-irmã Caitlin Morrison e a ex-namorada Rachel Dunn, com quem Matthew se relacionou entre 2003 e 2005. Em seu livro de memórias, o ator descreve a mulher como "a namorada dos sonhos". O testamento do artista também indicou que quaisquer filhos que ele tivesse não teriam direito a acessar sua propriedade. No entanto, o ator nunca os teve. Na época de sua morte, o processo de inventário mostrou que havia mais de US$ 1 milhão em bens pessoais.
Matthew Perry morreu aos 54 anos em sua casa em Los Angeles, em 28 de outubro de 2023. Na época, um porta-voz do Corpo de Bombeiros local revelou à Revista People que a equipe respondeu a um chamado às 16h07 e que se tratava de uma “emergência médica”.
Posteriormente, a causa da morte do ator foi revelada por efeitos agudos de cetamina em um relatório obtido pela publicação americana em dezembro. Afogamento, doença arterial coronária e efeitos da buprenorfina, medicamento usado no tratamento de transtorno de uso de opioides, foram listados como possíveis fatores. Após o laudo oficial, a morte foi considerada acidental.
A autópsia de Perry revelou que o ator estava "supostamente limpo por 19 meses”. Ele estava em terapia de infusão de cetamina, com o último tratamento ocorrido há apenas "uma semana e meia antes" de sua morte. O médico legista observou que "a cetamina em seu sistema, no momento da morte, não poderia ser da terapia de infusão, já que o efeito da substância é de 3 a 4 horas, ou menos".
Em sua autobiografia, Matthew falou sobre ter recebido o tratamento controverso enquanto estava em uma clínica de reabilitação na Suíça. O ator explicou que o medicamento é usado “para amenizar a dor e ajudar no tratamento da depressão”. “Eles me levavam para uma sala, me faziam sentar, colocavam fones de ouvido para que eu pudesse ouvir música, me vendavam e colocavam uma infusão intravenosa. Eu pensava: ‘Isso é o que acontece quando você morre’. Mesmo assim, eu me submetia continuamente a essa m* porque era algo diferente, e qualquer coisa era melhor do que nada. Usar cetamina é como levar uma pancada na cabeça com uma pá gigante de felicidade. Mas a ressaca era forte e pesava mais que a pá. Não era para mim”, afirmou o artista em seu livro.
Desde que o ator morreu, as autoridades examinaram onde Perry obteve a medicação nociva. O laudo da autópsia revelou que o nível da substância encontrado no sangue do ator era o equivalente à quantidade usada para uma anestesia geral. Na semana passada, uma fonte policial próxima à investigação disse à Revista People que "várias pessoas" deveriam ser acusadas em conjunto pela gravidade da situação. Anteriormente, a revista americana In Touch havia noticiado que Brooke Mueller, ex-esposa do ator Charlie Sheen, deu depoimentos aos responsáveis pela investigação da morte do ator.
O inquérito está sendo conduzido pelo Departamento de Polícia de Los Angeles e pela Drug Enforcement Administration (DEA) que, de acordo com a fonte, estavam "chegando à conclusão". A Procuradoria Geral americana tomará a decisão final, ainda de acordo com um insider da publicação.
Após a morte do ator, a Matthew Perry Foundation foi criada com a missão de concretizar "o compromisso duradouro de Matthew em ajudar outras pessoas que lutam contra a doença do vício. Ela honrará seu legado e será guiada por suas próprias palavras, experiências e movida por sua paixão por fazer a diferença em tantas vidas quanto possível", disse um comunicado no site da instituição.