Japão inicia à era Reiwa com seu mais novo Imperador
Foi a primeira vez em dois séculos de história que um monarca abdicou do posto. A lei autorizando a abdicação foi feita sob medida para que a passagem de poder tivesse totalmente de acordo com as regras e tradições. Akihito, com 85 anos, ocupou o trono durante 30 anos e desde 2015 vem manifestando seu desejo de deixar o cargo devido à sua idade avançada e saúde em declínio.
A cerimônia de transferência de objetos imperiais, quando os camareiros colocaram os selos, a espada e a joia em mesas diante do novo imperador como prova de sua legítima sucessão, teve apenas dez minutos de duração. O momento contou com uma participação icônica e memorável, pela primeira vez uma mulher pode comparecer. A honra coube a Satsuki Katayama, única ministra do gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe.
A entronização do 126º imperador japonês, ocorreu seguindo o estilo tradicional, cheia de ritos solenes e contou com mais de 2.000 convidados de 174 países diferentes, entre eles o Príncipe Charles e o presidente Jair Bolsonaro.
“Prometo atuar de acordo com a Constituição e cumprirei minhas responsabilidades como símbolo do Estado e da unidade do povo japonês, tendo sempre como meta a felicidade do povo e a paz do mundo”, afirmou o soberano, vestindo uma túnica laranja-escuro reservada para as ocasiões mais formais. Poucos minutos mais tarde, o primeiro-ministro Shinzo Abe proclou três vezes, com os braços erguidos: “Banzai!”, “longa vida ao imperador!”.
Um banquete oficial foi oferecido para 400 pessoas depois das cerimônias e ainda nos próximos dias estão marcados um chá oficial e outra repcepção oferecida pelo o primeiro-ministro. Na programação estava previsto que os imperadores fizessem desfile em um carro aberto, mas essa parte foi adiada para 10 de novembro, em sinal de luto pelas vítimas do supertufão Hagibis, que atingiu o arquipélago deixando vários desaparecidos e 80 mortos.