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Neymar pode ser preso e terá que pagar multa multimilionária?

Neymar está no banco dos réus em um processo judicial que está sendo acompanhado por todo o mundo.

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Neymar está no banco dos réus da Espanha em um processo judicial que está sendo acompanhado por todo o mundo. O jogador brasileiro prestou depoimento à Justiça espanhola sobre as supostas irregularidades em sua transferência entre o Santos e o Barcelona, em 2013. 

Os dirigentes do time europeu, Neymar e seus pais, são acusados pelo Ministério Público espanhol e pela empresa DIS por uma série de crimes tributários e fiscais. As acusações pedem a prisão do jogador e o pagamento de multas milionários para todos os envolvidos.

Sobre o processo, ao ser questionado pela assinatura de um acordo de 2011, quando ainda estava no Santos, Neymar respondeu que assina o que o seu pai pede, uma vez que Neymar Pai foi o condutor da negociação e é, também, o empresário do atleta.

 
 

Para entender o caso, é preciso voltar em maio de 2013, quando o Santos anunciou a venda de Neymar ao Barcelona, por 17,1 milhões de euros. A DIS, que era dona de 40% dos direitos econômicos do atacante, recebeu 6,84 milhões de euros pela negociação. Porém, mais tarde, o clube europeu revelou ter pago 57 milhões de euros à N&N, empresa que pertence aos pais de Neymar. Foi então que se instaurou a batalha judicial, onde nas investigações foi constatado que o valor total e real da negociação era, na verdade, de 86 milhões de euros. 

O fundo DIS, que acredita que tudo foi orquestrado para reduzir a fatia da empresa na transação, pede a restituição de 35 milhões de euros que calcula ter perdido. 

 
 
 

O que pode acontecer judicialmente com Neymar?

Acusado junto dos pais por "corrupção privada" - crime existente apenas na Espanha - o Ministério Público do país exige o pagamento de uma multa no valor de 10 milhões de euros e dois anos de prisão para o jogador. 

A defesa de Neymar usa do fato de que não se pode aplicar a lei brasileira a um fato espanhol. Isso porque o Brasil não se criminaliza a corrupção privada. Ou seja, mesmo que o crime exista na Espanha, como não há previsão idêntica no Brasil, é impossível a sua aplicação em território brasileiro. Além disso, os advogados negam qualquer irregularidade.

 
 

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