Rei Charles III redefine privilégios do irmão príncipe Andrew
Rei Charles III corta subsídios e segurança privada do príncipe Andrew, impondo nova fase de autonomia e redefinindo privilégios na família real
Em um movimento decisivo, o rei Charles cortou o subsídio anual de US$ 1,3 milhão de seu irmão, o príncipe Andrew, além de descontinuar a segurança privada do duque de York. A decisão, revelada em um trecho atualizado do livro "Charles III: New King. New Court. The Inside Story" de Robert Hardman, indica uma mudança significativa na relação financeira entre os irmãos, segundo o The Daily Mail. A decisão parece refletir o desejo de Charles em redesenhar as prioridades da monarquia, especialmente em tempos de austeridade pública.
Hardman detalha que o Keeper of the Privy Purse, responsável pelo orçamento pessoal do monarca, foi orientado a cortar a mesada do príncipe Andrew. Esse subsídio cobria gastos diversos, incluindo segurança, cujos custos atingiam a casa dos sete dígitos. A eliminação dessa ajuda financeira representa uma nova fase para o duque de York, que, a partir de agora, deverá custear sua segurança pessoal.
Além do corte no subsídio, o novo capítulo do livro aponta para tensões em torno da residência de Andrew. Segundo o relato, o duque teria se recusado a trocar sua atual residência, o Royal Lodge, por Frogmore Cottage, uma propriedade menor e situada a três milhas de distância. Essa relutância em deixar o Royal Lodge, que Andrew ocupa desde 2003 e onde investiu milhões em reformas, tem gerado atritos adicionais.
Ainda segundo o autor, a relutância do príncipe em se adaptar a essa realidade fiscal pode tornar o cenário insustentável para ele no futuro. Fontes próximas afirmam que, ao rejeitar a oferta de Frogmore Cottage, Andrew foi informado que a paciência de Charles quanto ao custeio de sua moradia também estava se esgotando. Com isso, o duque passa a arcar com novos custos relacionados à proteção de bens históricos e móveis da coleção real que mantém em sua residência.
O clima de tensão familiar, embora não explicitamente abordado, transparece nas declarações de Hardman. Ele descreve a situação como uma “bênção mista” para a família real. A decisão de Charles sobre a segurança privada do irmão teria sido uma das mais difíceis, mas necessárias para alinhar os gastos da coroa com os tempos modernos. Este novo rumo reforça o compromisso do rei em priorizar o futuro da monarquia, equilibrando tradição e novas demandas financeiras.
O embate entre os irmãos se intensificou após o episódio controverso de 2019, quando Andrew foi forçado a renunciar aos deveres reais após uma entrevista desastrosa sobre as acusações que enfrentava. Desde então, ele perdeu o direito à segurança pública, antes coberta pela coroa, além de seus títulos militares. O custo para manter a proteção pessoal do príncipe teria ultrapassado os US$ 4 milhões ao ano, um valor considerado excessivo, segundo fontes próximas.
Com esses novos desenvolvimentos, o livro de Hardman lança luz sobre uma nova fase da monarquia britânica, na qual o rei Charles demonstra disposição para decisões pragmáticas, mesmo que dolorosas para o seio familiar.