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Senna vira série, mas Alain Prost detona: “Insensível”

Senna ganhou uma série milionária, mas Alain Prost não aprovou: o ex-rival criticou a produção, chamando-a de insensível e questionando sua veracidade

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Ayrton Senna e Alain Prost (Foto: Getty Images)

A minissérie Senna prometia emocionar os fãs do lendário piloto brasileiro, mas despertou a fúria de um nome icônico da Fórmula 1: Alain Prost. O eterno rival de Ayrton Senna detonou a produção, classificando-a como “insensível” e insinuando que Ayrton jamais teria aprovado sua abordagem. Em um desabafo contundente, o francês deixou claro seu descontentamento com a forma como sua rivalidade com o tricampeão mundial foi retratada.

 

Ao longo dos seis episódios, a série mergulha nos momentos mais explosivos da rivalidade entre Senna e Prost, revivendo brigas de bastidores e disputas eletrizantes nas pistas entre os anos 1980 e 1990. Interpretado por Matt Mella, o francês é apresentado como peça central no enredo, o que não agradou nada ao ex-piloto. “Não se deve inventar coisas que não eram verdadeiras do nada”, disparou Prost, reforçando sua insatisfação com a dramatização dos fatos.

 

A indignação do tetracampeão mundial foi exposta em entrevista ao site italiano RMC Motori, onde ele criticou duramente o caráter comercial da produção. “Usar o nome de Senna desse jeito não é bonito”, afirmou, deixando evidente que considera a série um desrespeito ao legado do brasileiro. A declaração repercutiu fortemente entre os fãs, reacendendo o debate sobre os limites das biografias dramatizadas e a fidelidade aos fatos históricos.

 

Com um orçamento de 250 milhões de reais, Senna foi lançada para marcar os 30 anos da morte do piloto, ocorrida no fatídico Grande Prêmio de San Marino, em 1994. A série recria seus momentos mais icônicos, exaltando sua genialidade nas pistas e sua intensa paixão pela Fórmula 1. No entanto, para Prost, a obra falhou ao capturar a verdadeira essência da relação entre os dois rivais, que evoluiu para uma amizade inesperada nos meses anteriores à tragédia.

 

O próprio Prost já revelou que, pouco antes do acidente fatal, Senna o procurava com frequência, buscando conselhos e fortalecendo uma relação que parecia impossível anos antes. “Ele me ligava uma ou duas vezes por semana… Nos tornamos próximos”, relembrou o francês, deixando no ar a sensação de que a série não fez jus à complexidade desse vínculo. Entre nostalgia e polêmica, Senna reacendeu uma das rivalidades mais lendárias da história da Fórmula 1 — mas, ao que parece, não agradou a todos.

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