Capodarte lança Eredità, sua nova coleção de inverno
Com a atemporalidade na raiz, a Capodarte lança sua coleção de inverno 2023 de olho nas próprias tendências
Como resistir ao tempo e manter na ativa uma marca de sapatos e acessórios por décadas, sem perder a identidade. Essa discussão guia a movimentação por dentro da Capodarte, que aproveita os 32 anos de vida para dar brilho à coleção de inverno, batizada de Eredità.
No prelo, os clássicos que a marca construiu para si nessa história toda, misturados com um cheiro das grandes trends — sempre com parcimônia. “A mulher que usa Capodarte é muito menos seguidora de tendências e mais ligada a um lifestyle”, define Carina Leist, diretora de estilo e branding da Capodarte. “Por isso trabalhamos muito o nosso legado, nossos ícones. Não somos uma marca tão preocupada em atender as últimas febres do momento. Preferimos a atemporalidade, assim como entregar um produto que dure e possa passar de geração em geração.”
Para tanto, Carina reforça o valor do trabalho manual na fábrica, onde praticamente nasceu. Ela é filha de Adalberto e Iara Leist, casal fundamental na história do grupo Paquetá, fundado nos anos 1940, que comprou a Capodarte em 2007. Logo, o olho afiado pelo fabril calçadista está no DNA. “Claro que parte do processo ganhou evoluções, como o próprio corte do couro, que hoje é a laser por uma questão de rapidez. Mas muito ainda é feito à mão, como o encapamento dos saltos. São mais de 70 pessoas envolvidas. Mesmo na montagem, alguns modelos seguem feitos no martelinho. E para técnicas como os tressês, não há máquina que resolva.”
Outro dos seus orgulhos, que marca presença no inverno da marca, é o monograma — sucesso raridade no mercado nacional e que tem o seu dedo desde o início: foi dela o desenvolvimento do logotipo da Capodarte, que reúne quatro Cs entrelaçados. “Realmente, não é qualquer marca que consegue construir esse amor pelo símbolo. Trabalhamos esse desejo ao longo dos anos e, hoje, nossos produtos que mais vendem carregam o monograma. Para esta coleção, ele vem revisitado em um novo jacquard.”
Este inverno, aponta Carina, reúne peças da hora — incluindo os metalizados contemporâneos e os couros escovados — junto das que sempre fizeram parte do mix da empresa e que têm ganhado novo fôlego na moda atual. Acrescentando aí as botas, modelos clássicos por ali que já conquistaram o recall do público. “As tendências dificilmente aparecem nas coleções de forma óbvia. Mas, por trabalharmos com essa ideia de atemporalidade, temos vantagens quando nossas peças voltam. Como a bota western, que é forte para este inverno e é algo que sempre tivemos nas lojas, de uma forma ou de outra. Ou as sapatilhas, que a moda vem resgatando: nossa Catherine está ali, repaginada pelo momento.”
