Designers trocam de casa: a dança criativa de 2025
Designers movimentam o cenário da moda em 2025 com saídas surpreendentes, estreias aguardadas e marcas ainda em busca de novas lideranças
O ano de 2025 está marcado por uma das maiores reconfigurações no cenário da moda. A troca de diretores criativos nas principais maisons redefiniu o jogo e deu início a um ciclo de novas apostas e expectativas. Grandes nomes saíram, novos talentos surgiram, e algumas casas ainda permanecem sem um comando definitivo. A seguir, um guia atualizado com tudo o que já foi confirmado e o que ainda está em aberto.
As novas direções criativas
Matthieu Blazy- Chanel
Demna- Gucci
A lista de confirmações já inclui mudanças de peso, como Matthieu Blazy assumindo a Chanel (com estreia em outubro de 2025) e Demna, que deixou a Balenciaga para ingressar na Gucci. A Bottega Veneta será comandada por Louise Trotter, enquanto a Celine passa para as mãos de Michael Rider a partir de julho de 2025.
Louise Trotter- Bottega Veneta
Michael Rider- Celine
Uma das surpresas foi a escolha de Jack McCollough e Lazaro Hernandez para a Loewe, sinalizando um novo capítulo para a dupla após anos na Proenza Schouler. Já a Versace confirmou Dario Vitale depois da saída de Donatella, enquanto Glenn Martens, após seu trabalho inovador na Y/Project e Diesel, assume a Maison Margiela.
Jack McCollough e Lazaro Hernandez - Loewe
Dario Vitale- Versace
Glenn Martens - Maison Margiela
Na Jil Sander, Simone Bellotti assume a direção a partir de setembro de 2025. Miguel Castro Freitas entra como o novo responsável pela Mugler, trazendo expectativas sobre os próximos passos da marca.
Simone Bellotti - Jil Sander
Miguel Castro Freitas - Mugler
Os estilistas sem cargos – e as especulações
John Galliano
Se há novas contratações confirmadas, também há uma lista expressiva de estilistas sem cargos definidos. John Galliano, após um período conturbado, saiu da Maison Margiela no fim de 2024. Pierpaolo Piccioli, ícone da Valentino, deixou a casa no início do último ano. Kim Jones, por sua vez, abandonou tanto a Fendi quanto a Dior Homme, deixando dois espaços estratégicos abertos.
Pierpaolo Piccioli
Kim Jones
Outras saídas importantes incluem Hedi Slimane, que anunciou sua despedida da Celine em outubro de 2024, e Lucie e Luke Meier, que deixaram a Jil Sander logo após o desfile de inverno 2025/26. Riccardo Tisci, que já estava fora da Burberry desde 2022, continua sem um novo destino definido. Casey Cadwallader, que revolucionou a Mugler nos últimos anos, também entrou para a lista de designers sem casa.
Hedi Slimane
Riccardo Tisci
Casey Cadwallader
As marcas que ainda procuram um novo comando
Enquanto algumas grifes já definiram seus novos líderes, outras ainda estão no limbo criativo. Com a saída de Demna, a Balenciaga busca um nome forte para seguir sua identidade disruptiva. A Fendi, que teve seu último desfile assinado por Silvia Venturini Fendi, segue sem um substituto oficial para Kim Jones.
A situação da Proenza Schouler também permanece indefinida. Com a saída de seus fundadores, Jack McCollough e Lazaro Hernandez, para a Loewe, a marca americana precisa encontrar um novo diretor criativo para continuar sua trajetória no mercado de luxo.
O que esperar dos próximos meses?
Com tantas movimentações, as próximas temporadas de moda prometem ser marcadas não apenas pelos desfiles, mas também pela expectativa sobre as estreias dos novos diretores e os anúncios pendentes. Se há uma certeza, é que a moda nunca para e a dança das cadeiras está longe de acabar.