Nicole Kidman, entre retornos e projetos, é a rainha de Hollywood
Nicole Kidman hoje tem quatro filhos, um marido dedicado e muitos projetos em andamento como atriz e produtora. O que está por trás de tudo isso? Simples: compromisso, preparação e sacrifício.
Seu nome havaiano significa estrela do céu, hokulani, o mesmo do pequeno elefante nascido no zoológico próximo à casa de sua infância e pelo qual a mãe da pequena Kidman era apaixonada. Sim, porque Nicole Kidman é 100% australiana, mas nasceu em Honolulu, no Havaí. Vencedora de prêmios Oscar e inúmeras indicações, Kidman é a estrela que todos conhecemos de filmes famosos como “Moulin Rouge!”, “Cold Mountain”, “As Horas” e “Leão”.
Em seu presente, há projetos de sucesso para a TV, como Big Little Lies para a HBO, onde ela interpreta Celeste Wright, que lhe rendeu um Emmy, e o recente Expats, a história de um grupo de mulheres que vivem em Hong Kong envolvidas em uma cadeia de eventos que mudará sua vida em um delicado equilíbrio entre culpa e responsabilidade. Há a atuação da comediante Lucille Ball para PrimeVideo em Being the Ricardos com Javier Bardem que lhe rendeu o sexto Globo de Ouro de sua carreira. Assim, a notícia da provável sequência de Loves & Spells (Practical Magic) com Sandra Bullock de 1988 desencadeou uma onda emocional verdadeiramente significativa entre os fãs da história mágica e das atrizes. Em 28 de junho, na Netflix, ela estreou em A Family Affair com Zac Efron. Quando Nicole Kidman está lutando com as complexas dobras e inúmeras implicações da vida humana, sabemos dentro de nós mesmos que suas atuações como atriz valem mais do que a morbidez das fofocas sobre ela.
Em junho, a atriz completou 57 anos, e pensando nisso, selecionamos os motivos pelos quais ela é uma das rainhas mais icônicas do cinema! Confira:
Para Nicole Kidman, altura não é apenas “meia beleza”
Aos 13 anos ela já tinha 1,75 centímetros de altura. Para essa idade um superpoder ou uma anomalia de crescimento, certamente uma enorme fonte de estresse e desconforto. Hoje, já adulta, a atriz fala abertamente sobre isso, tanto que em artigo recente publicado no Times, ela assume a responsabilidade de apontar o dedo, em nome de todos os “altíssimos chefões”, na direção do elefante na sala: mais cedo ou mais tarde, eles mentiram sobre sua altura. Chega de paranoia. Seja para cima ou para baixo, exatamente como nas primeiras audições onde ela cortou voluntariamente alguns centímetros para não impressionar muito os diretores de elenco, foi reconfortante para ela, admirar colegas e professores de vida na tela grande como Sigourney Weaver (1,82), Uma Thruman (1,81) e, por último, mas não menos importante, Gwendoline Christies (1,91). Todas deusas maravilhosas.
Nicole Kidman, filhos e Keith Urban
Podemos definir Kidman como uma grande família? Sim. Se Isabella e Connor são os filhos adotados junto com Tom Cruise entre 1992 e 95, Sunday Rose e Faith Margaret são os filhos de Nicole com o seu atual marido, o cantor folk Keith Urban.
As crianças cresceram com privacidade absoluta, mesmo após se tornarem jovens adultos. Tanto Bella quanto Connor, por exemplo, são seguidores da fé da Cientologia como seu pai, e sobre isso, Kidman nunca expressou qualquer tipo de comentário em público, seja contra ou a favor. Quanto a Urban, ele e Kidman seguiram em frente desde 2006, embora presos a uma série de regras estritas destinadas a preservar e proteger a sua união. Se no início os acordos previam uma distância entre o casal não superior a duas semanas, hoje caíram drasticamente para três dias, com uma redução extrema para 24 horas se as distâncias geográficas do momento não colocarem muitos oceanos no meio. A retidão de Kidman impôs a proibição de trocar mensagens de texto: se quiser falar comigo, me ligue.
Seu presente de casamento? A primeira edição de “O Morro dos Ventos Uivantes” de Emily Brontë foi vendida em leilão pela Sotheby's pela modesta quantia de 200 mil dólares. Muito amor.
Nicole e Lenny Kravitz, o casal estranho
Logo após o divórcio do primeiro marido, Tom Cruise, Kidman teve algo mais do que um caso com um dos símbolos sexuais do universo musical. Um certo Lenny Kravitz. Era 2002/2003, talvez eles quisessem coisas diferentes e embora o mundo inteiro estivesse hipnotizado pelo estranho casal, nenhuma confirmação oficial foi feita, e o flerte evaporou sem causar muitos danos. Algum tempo depois, foi a própria Kidman quem se abriu para lançar luz sobre seu passado. Junto com a filha de Lenny, Zoë, no set de Big Little Lies, ela admitiu abertamente que já a conhecia desde os dias em que ela era namorada do Sr. Kravitz.
Sacrifícios no set: isso e muito mais para o cinema
É conhecida a arrogância com que Kidman se dedicou e continua se dedicando à consistência e credibilidade de suas atuações. Compromisso, preparação e sacrifício. Todo grande projeto em que está envolvida vê semelhança com o militar no procedimento de transformação e identificação com a personagem. Ele faz escolhas desconfortáveis e, portanto, valiosas, baseadas principalmente no olhar cínico dos críticos da indústria. Qual ator e atriz não sonha com um papel perverso e diabólico para se libertar de escolhas anteriores, talvez mais banais e cafonas?
De Kubrick de Olhos Bem Fechados de 1999, onde a vida conjugal privada do marido Cruise e da esposa Kidman foi triturada como matéria viva para alimentar a dinâmica mórbida entre os protagonistas da história, até a obra de humilhação do personagem explorada por Lars Von Trier em Dogville de 2003. Pensemos em como uma pessoa histriônica como Bjork ficou traumatizada por ter trabalhado com o diretor dinamarquês apenas três anos antes, no papel de Selma em Dancer in The Dark sem ter minado qualquer certeza de Kidman em prosseguir com o filme. Outro fato famoso: para poder caber no espartilho de um dos looks da Belle Époque no Moulin Rouge! de Baz Luhrmann em 2001, Nicole Kidman, obcecada em querer exibir a mesma cintura de vespa de Vivien Leigh em E o Vento Levou - ou seja, apenas 45 centímetros - acabou quebrando uma costela ao pedir aos figurinistas uma "costela cada vez mais apertada". Um dos vestidos do filme está atualmente em exposição em Milão, no Palazzo Citterio em Swarovski - Master of Light: de Viena a Milão.
E também, se sabe o quanto Kidman não está acostumada a ter dublê em cenas de nudez. Se então em Return to Cold Mountain, de Anthony Minghella, de 2003, ela interpretou uma pianista, talvez seja óbvio apontar que, para a ocasião, ela aprendeu a tocar até mesmo aquelas lendárias teclas pretas e brancas com total dignidade.
Nicole Kidman e a moda
Fresh embaixadora da Balenciaga, Nicole Kidman está entre as escolhidas das grandes marcas de moda e luxo. Omega e Jimmy Choo - agora com Sydney Sweeney, Chanel... Falando da marca com duplo C, é justo lembrar que, junto com Karl Lagerfeld por ocasião do comercial do perfume Chanel No.5, Kidman entrou no Guinness Book of Records como a atriz mais bem paga a aparecer em um anúncio publicitário.
Pelos 4 minutos de filme rodados por seu amigo Baz Luhrmann, com quem Kidman filmou Moulin Rouge! e Austrália, ela ganhou algo em torno de US$ 3,71 milhões. O comercial, que custou 11 milhões por minuto, quantificou o valor de sua atuação principal em 928.800 dólares por minuto. Nada mal. O vestido da grife Kaiser Karl reapareceu com o destaque esperado no tapete vermelho do Met Gala 2023.
Nicole Kidman e Naomi Watts são BBF: foi aí que tudo começou
Por último, mas não menos importante, recuperamos um documento cinematográfico que sela a amizade sólida e duradoura entre duas grandes atrizes como as nossas Kidman e Naomi Watts.
Diz a lenda que os dois se conheceram em um teste para uma campanha de trajes de banho e posteriormente foram escaladas para o filme Flirting, lançado em 1991, dirigido pelo australiano John Duigan. Junto com as duas loiras, um muito jovem Thandie Newton e Noah Taylor, também australiano. Filme que faz parte de uma trilogia autobiográfica baseada na vida do diretor centrada na dinâmica de crescimento, descoberta e frustração dos adolescentes. Quanta ternura!
