Pop culture

Barbara Fialho “Minha relação com a família Marley é linda”

Barbara é mãe da Maria do casamento com Rohan Marley, filho do cantor jamaicano Bob Marley, está noiva do empresário Felipe Siqueira

Barbara Fialho
Foto: Rafael Pavarotti

Aos 31 anos, Barbara Fialho é uma mulher versátil. Ela transita por vários universos: brilha nas passarelas como modelo, e na sua carreira musical. Sim, Barbara também é cantora e se diz encantada por tudo. "Sou apaixonada no que eu faço, eu amo passar um dia em um estúdio, em uma locação. Paixão e profissão ao mesmo tempo. Eu amo me expressar, sabe? Amo trabalhar, amo desafios, quando entra uma trilha sonora para eu desenvolver, quebrar a cabeça", conta ela que é mãe da Maria, de 3 anos, do casamento que teve com o empresário Rohan Marley, filho do cantor jamaicano Bob Marley.

Mas não para pôr aí. Como se não bastasse Barbara também é romântica e seu amor tem nome e sobrenome. Ele se chama Felipe Siqueira. "Felipe é uma alegria na minha vida, um raio de sol. Estamos juntos há menos de um ano, mas já estamos noivos e já tem data para o nosso casamento, será em agosto. Eu to muito feliz porque realmente imaginei que ficaria sozinha para o resto da minha vida.

Atualmente, morando na ponta-aérea São Paulo e Belo Horizonte, Barbara, conta em entrevista a L’Officiel Brasil, sua relação com o trabalho, com a família e sua empolgação em atravessar a passarela no desfile do Lino Villaventura, no São Paulo Fashion Week 2023. (SPFW)

Barbara Fialho
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Fotos: Rafael Pavarotti

L'OFFICIEL: Você é modelo e cantora. O que lhe atrai mais nessas profissões? Você tem preferência por alguma delas? 

BARBARA FIALHO:  Moda desde o início se transformou na minha profissão de uma maneira muito natural. Fui descoberta por um olheiro na minha cidade, fiz um curso com 14/15 anos e minha profissão começou. São 20 anos já e nunca parei de trabalhar. Sou apaixonada no que eu faço, eu amo passar um dia em um estúdio, em uma locação. Quem já trabalhou comigo sabe o tanto que me dá prazer ser modelo. Música sempre foi uma paixão. Minha alegria, meu remédio e hoje eu busco caminho para buscar uma forma de equilibrar essas carreiras, e fazer com que elas se comuniquem. Paixão e profissão ao mesmo tempo. Eu amo me expressar, sabe? Amo trabalhar, amo desafios, quando entrar uma trilha sonora para eu desenvolver, quebrar a cabeça... adoro isso!

Como modelo, muitas vezes somos personagens dos outros né? Diretor de arte, fotógrafo, stylist, editora, sempre tem alguém que tá determinando o que você pode e não pode fazer. Na música tem um pouco mais de liberdade. Tem momentos que eu fico mais envolvida nessa liberdade e tem momentos que eu me entrego em ser a modelo de alguém. Eu amo as duas coisas.

 

L'OFFICIEL:  Atualmente, o que podemos esperar de você nas passarelas? Você tem planos?

BARBARA FIALHO: Desfilei agora para o Lino Villaventura no SPFW e estava muito empolgada. Eu amo o Lino, acho ele um dos maiores artistas que a gente tem, muito único. Já viajei para muitos lugares e nunca vi ninguém parecido com o Lino, com essa linguagem dele. Então, estou muito feliz, é a marca que encerra o evento.

 

L'OFFICIEL: O que julga ser mais importante na música?

BARBARA FIALHO: As duas coisas mais importantes para mim na música são verdade e coragem. Acredito que o público tá cada vez mais inteligente, mais atento a tudo que tá acontecendo então a verdade realmente conecta muito mais do que qualquer outra coisa. E ter coragem para falar a nossa verdade, né? Para poder expressar, mostrar nossas dores, todas as músicas que eu canto eu escrevo, sobre a minha vida. Precisa ter muita coragem para se expor. Mas tem uma grande recompensa, da conexão com as pessoas, motivar outra pessoa a melhorar, sair de uma situação...

 

L'OFFICEL: Sua vocação para o canto veio da infância? Quais memorias você tem sobre isso?

BARBARA FIALHO: Eu tenho memórias desde muito pequena cantando e tocando com meu vô paterno, Seu João. Uma das minhas pessoas favoritas do mundo. Isso sempre foi muito natural, eu me sentava com ele, cantava... Quando fui começando a viajar mais, fui conhecendo pessoas, músicos, fui expondo esse lado, tendo ideias e correndo atrás para executá-las e não só o canto, mas a composição veio com uma certa maturidade. Sobre ter o que falar e o que dividir. Vi na música uma oportunidade de cura. Isso é mágico, acredito que nasceu comigo.

 

 

L'OFFICIEL: Qual sua base atualmente? 

BARBARA FIALHO: Minha base hoje está entre SP e BH. Viajo e faço meus trabalhos, mas essa é minha base porque para a Maria é muito melhor. Correr na terra, colher goiaba do pé, fazer muitos amiguinhos, já conheço a mãe deles, fica tudo muito mais aconchegante. Tentei ficar com ela em SP mas achei muito ruim para ela. Eu nasci e cresci em Montes Claros, interior de Minas Gerais. Quando falo que minha cidade é roça. Algumas pessoas de lá ficam bravas comigo, mas eu cresci no bairro Morrinhos, uma comunidade muito humilde e eu cresci com o pé no chão, brincando na rua, de bola, de queimada, isso faz o ser humano ser muito mais capaz, de lidar com realidades e personalidades diferentes. Essa infância me proporcionou a coragem.  Recebi o convite para morar em Nova York com 15 anos e falei vamos nessa, vai dar tudo certo. Quero fazer isso para a minha filha. Do interior, da simplicidade, da inteligência emocional, de saber lidar com as diferenças... e tem dado muito certo viu? Para uma infância de qualidade para ela, eu faço qualquer coisa.

 

L'OFFICIEL:  Você está noiva do empresário Felipe Siqueira. Como vocês se conheceram?

BARBARA FIALHO: Felipe é uma alegria na minha vida, um raio de sol. Estamos juntos há menos de um ano, mas já estamos noivos e já tem data para o nosso casamento, será em agosto. Eu to muito feliz porque realmente imaginei que ficaria sozinha para o resto da minha vida. Acho que todas as mães solteiras passam por isso né?  “Meu Deus do céu, e agora?”. Aceitei que seria assim, fiquei sozinha e mergulhei em mim, na música, no trabalho, e veio esse presente. É quando a gente menos espera, menos imagina... parece clichê mas é verdade.

Estava na casa de uma amiga e falei que queria muito um amor. Uma relação de carinho, de amor, queria conhecer uma pessoa simples e ele falou que tinha um rapaz que precisava me mostrar. A hora que eu o vi eu pirei! Que homem lindo! Parecia que a gente já se conhecia. Daí, vi nossos amigos em comum, puxei uma ficha que não sou boba nem nada. É legal ? Não é? É simples? Porque eu sou uma pessoa muito simples. Prefiro pessoas mais humildes que se sentam no meio fio de uma calçada e comem um cachorro quente, prefiro me relacionar com pessoas assim. Daí, pensei: “Será que escrevo para ele?”. E depois de puxar a ficha dele com umas duas pessoas, eu mandei uma mensagem em uma segunda feira. Na mesma segunda a gente saiu para um drink, e nunca mais nos desgrudamos. Ele ama a minha família e eu amo a dele. Palavras tem poder. Se você quer um amor verdadeiro, diga “Eu quero um amor verdadeiro”. As coisas vêm. O material a gente resolve, mas o caráter, essa coisa do olhar, do amor, de como a pessoa te trata, realmente não tem como fingir. Me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por ter encontrado esse rapaz na minha vida.

 
 

L'OFFICIEL: Uns anos atrás, você lançou uma canção em parceria com um dos netos do consagrado Bob Marley, o Jo Mersa Marley. Como foi essa parceria e o que ela representou para você? 

BARBARA FIALHO: Essa fase foi a grande virada de chave da minha vida. Fiz o lançamento de “Samba e amor” com o Seu Jorge, e um ano e meio depois fiz o lançamento de “Um Beijo” e depois de “To love baby”, que foi gravada com Steve Marley. Minha relação com a família Marley é linda, adoro eles, sou apaixonada pelo Bob Marley, tudo que ele representou de bom e sempre vou defender e proteger a família da Maria como eu puder. O Jo faleceu recentemente e me deixou muito triste pois ele era muito jovem, e muito inteligente, muito capaz, um letrista muito talentoso. Então representou muitas coisas. Um início de uma nova etapa, o início do relacionamento com meu ex-marido e desse relacionamento veio minha melhor composição que é a Maria.

 

L'OFFICIEL: O que a família Marley representa pra você?

BARBARA FIALHO: Minha relação com eles sempre vai representar amor porque é a família da Maria. Se em algum momento eu vir a expor um pouco mais, será sempre com a intenção de melhoria e nunca querendo falar mal, ou fazer mal, são culturas muito diferentes que juntos são muito bonitas. Brasil e Jamaica acabou resultando na Maria para mim, e em um casamento que foi muito muito feliz, mas que depois, por nossas diferenças culturais, ficou insustentável. É muito bom poder olhar para trás hoje, e estar onde estou, estar feliz e noiva. E saber que tudo passa, e que as coisas melhoras se nossas palavras estiverem alinhadas com o que a gente quer. Se a gente pedir amor e dar amor, ele vem.

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Foto: Rafael Pavarotti

L'OFFICIEL: Você participou por um bom tempo do casting da Victoria's Secret. Depois de um hiato, o Victoria's Secret Fashion Show está voltando. Como foi essa pausa para você e veremos você na volta no desfile?

BARBARA FIALHO: Eu participei do desfile da VS por sete anos. Fiz todas as provas de roupas, de todos aqueles desfiles que vocês viram de 2012, até 2018 passaram pelo meu corpo. Fiz parte com uma equipe de criação, do desenvolvimento de todos aqueles looks, de todas as asas, de tudo. Aprendi muito sobre design, sobre trabalhar com diferentes artesãos, e conseguir comunicar isso. Minha relação com a VS foi de mudança de vida. E eu tive uma educação, que muitas vezes as vezes eu não tinha acesso. Ali eu via tudo nascer, do papel até a passarela. Tenho muita gratidão a empresa, mudou minha vida de muitas formas.

 

L'OFFICIEL: E qual a sensação que você teve quando paravam os desfiles da Victoria's Secrets?

BARBARA FILALHO: Eles pararam de fazer o desfile em 2019, o ano que eu estava grávida da Maria. Então, para mim foi uma sensação de eu queria ter a maria e voltar para a minha forma, reencontrar meus amigos e voltar para o trabalho. Isso não aconteceu e foi um pouco difícil para mim. Eu trabalhava com eles de fevereiro até dezembro, tinham várias datas e isso foi muito difícil para mim. Fiquei muito triste por todas as pessoas. Eu tinha um bebezinho lindo para ficar olhando, tomando conta, tinha meu casamento, então para mim foi muito difícil, mas ao mesmo tempo eu tava muito ocupada com essa outra fase da vida. E logo veio a pandemia em 2020 que deixou todo mundo de cabelo em pé e realmente não era hora deles se reposicionarem. Então, estou curiosa para ver o que a empresa vai fazer, a marca vai criar, e como eles vão conseguir se reinventar. Mas sei que eles são capazes e vão fazer algo muito bonito com certeza.

 
 

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