Bella Hadid diz que guarda mágoas de pais

Em março, Bella Hadid fez a sua estreia na TV norte-americana com a série "Ramy", disponível apenas na Hulu, em que segue a história da primeira geração de uma família que egípcia que emigrou para os Estados Unidos. O papel acabou acendendo um desejado na modelo: a de ter não sido criada na cultura de seus ancestrais, a muçulmana, e abriu uma ferida em relação aos seus pais que não possibilitaram isso acontecer. 

Para quem não conhece o passado da jovem modelo, Bella nasceu em Washington, nos Estados Unidos, filha da também modelo Yolanda Hadid e do promotor imobiliário palestino Mohamed Hadid. Enquanto ela é meio palestina, Bella se abriu sobre ter sido criada separada de sua cultura, e como ela ainda anseia por isso. “Eu estava com meu lado palestino [da família em Washington]. E eu fui retirada disso quando nos mudamos para a Califórnia”, disse ela em uma nova entrevista à GQ. "

Como Bella cresceu na Califórnia, ao lado a irmã mais velha, Gigi, e seu irmão mais novo, Anwar, ela acabou sendo uma das poucas pessoas com ascendência árabe em sua escola e enfrentou diversos momentos difíceis por conta disso. “Nunca fui capaz de me ver em qualquer outra coisa, então tentei apenas 'ficar na minha'. Por muito tempo, eu senti falta dessa parte de mim, e isso me deixou muito, muito triste e solitária.” 

"Eu adoraria ter crescido ao lado do meu pai todos os dias, estudando e realmente podendo praticar [a religião]; simplesmente poder viver em uma cultura muçulmana em geral. Mas não me deram isso”, desabafou ela sobre a mágoa que nutre dos pais.