Camilla Camargo dá spoiler de sua personagem em ‘A Caipora’

Camilla Camargo vai muito além de seu sobrenome! A atriz, que hoje é mãe, se prepara para ser escritora e motiva vários seguidores com sua rotina fitness, conta em entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil tudo sobre o seu próximo par romântico com Kayky Brito no filme ‘A Caipora’, revela os ensinamentos de seus pais Zezé e Zilu para lidar com a fama, e entrega se participaria do Big Brother Brasil como sua irmã Wanessa participou. Confira a entrevista completa abaixo:

Quais seriam os principais capítulos da sua autobiografia? Como você se descobriu uma artista?

Que difícil essa pergunta. Acho que com certeza um dos capítulos iniciais seria sobre o momento que me reconheci como artista, algo vital na minha existência, quando entendi que isso era parte de mim, outro capítulo teria o meu começo profissional com todos os percalços de alguém que está começando sua trajetória profissional e está sedento por oportunidades, sem dúvidas a maternidade também seria um capítulo mais do que especial, foi um momento que me transformou e transforma todos os dias...

E sobre a pergunta de como me descobri artista, é difícil dizer exatamente quando, mas com oito anos de idade eu já ficava batalhando pelo papel de protagonista em peças da escola. Rs E eu me redescubro artista todos os dias da minha vida, é algo latente e que quando estou longe do trabalho sinto que tem algo faltando. Um momento fundamental, lá no início para concretizar essa certeza do caminho que iria trilhar foi quando eu estreei minha primeira peça profissional, que foi “O Musical dos Musicais” do Wolf Maya. Ali vi que realmente era algo que não tinha como fugir.

Durante o seu crescimento, o sobrenome “Camargo” teve um peso em suas decisões e até mesmo relações estabelecidas, sejam pessoais ou profissionais? Como você lidava com isso? 

Eu não sei como seria de outro jeito porque não vivi outra realidade, como então ter esse parâmetro de comparação? Quando “É o amor” estourou eu era muito pequena, diferente da Wan, que ainda pegou e tem lembranças de antes disso. O sobrenome sendo mencionado sempre foi algo que estava lá, mas não encaro com peso, encaro como pertencimento, origem, cada pessoa tem o seu e está tudo bem, o único impasse é quando o sobrenome vem antes, eu sou a Camilla. 

O que você mais aprendeu com seus pais e que fez questão de passar para seus filhos?

A ter pé no chão, humildade, e a saber que todos viemos e voltaremos para o mesmo lugar. Respeitar a todos e dar valor a cada coisa que se tem e que se conquista. 

Hoje, sendo casada e mãe de dois filhos, como você faz para conciliar a sua vida pessoal com a profissional? Já conseguiu encontrar um equilíbrio?

Olha acho que estou no caminho de encontrar esse equilíbrio, eu tenho tentado ao máximo ter meus momentos de qualidade com meus filhos mesmo na correria profissional, o retrato de uma mãe e profissional que gostaria que seu dia tivesse 30 horas por dia mas que, ao mesmo tempo, tem que reconhecer o tempo de pausa, de respiro e o quão é importante ter uma rede de apoio. Quando estou com eles eu realmente estou ali integralmente e tentando fazer eles entenderem que a mamãe também precisa trabalhar. A busca é por equilíbrio, mas no mundo acelerado em que vivemos, nem sempre isso é tranquilo de se concretizar rs 

Durante a sua carreira, você sofreu muito preconceito com o “padrão de magreza” estabelecido pelo mercado audiovisual. Como foi lidar com situações como essas? Esse tipo de rejeição abalou o seu psicológico?

Sinceramente já abalou, sim, mas hoje em dia não mais, ou estou próxima disso. Já lidei de formas ruins, me cobrando demais, não me aceitando, colocando lente de aumento no que via como defeitos, hoje tenho outra cabeça. Me aceito, tenho amor pelo meu corpo e cuido dele com muito mais carinho e sem excesso de cobranças.

A Yasmin Brunet sofreu bastante com falas gordofóbicas no BBB. Você já passou por situações parecidas? Como lidou?

Já sim, e eu já sofri com isso, muitas vezes calada. Como mulheres, já sofremos uma naturalização constante da avaliação alheia da sua imagem, o que é surreal, no audiovisual, às vezes, isso ainda vem disfarçado de crítica construtiva.

Acho muito triste esse tipo de pressão com o corpo feminino, mas hoje em dia, tenho uma outra relação saudável com o meu corpo e isso não me afeta como já aconteceu um dia.

Quais são as suas principais inspirações de moda? Costuma ter peças coringa para montar um look fácil e descomplicado ou gosta de apostar nas tendências?

Ah, dizer inspirações principais é tão difícil porque isso muda, mas tem algumas pessoas que eu fico babando pelo estilo e looks, uma delas é a minha amiga Thaila Ayla, também adoro o estilo da Mica Rocha, da Naty Vozza. Ao mesmo tempo, acho incrível a gente ter personalidade também ao se vestir, usar algumas coisas como inspiração e adaptar pra aquilo que você acha que tem a ver com você, que você se sente confortável ao usar. Amo moda, mas não sou escrava de tendências, eu aproveito e acompanho o que está em alta puramente como fonte de inspiração e porque sinto que aumenta nosso repertório e criatividade até na hora de montar os looks que você já tem no armário.

Só de misturar suas peças coringa, camiseta básica, com short legal, ou um vestido clássico mas com um bom sapato e acessórios, o look já muda. Esses dias vi uma stylist com um look super básico de linho preto, calça e blusa meio combinandinho, uma regata simples por baixo, mas ela estava com uma bota de bico fino apenas prateada, e só isso já trouxe outro estilo e outra cara para a produção. E sem ao mesmo tempo, soar super montada, às vezes uma peça que você acha muito chamativa ou que não combina com nada, vai bem justamente num look super básico/clássico. 

Em 2024 você se lançará como escritora! Conta um pouco pra gente sobre essa nova aventura?

Graças a Deus surgiram muitos trabalhos esse ano, como o longa-metragem que estou filmando neste exato momento, também o musical Kinky Boots, que vou estrear nos próximos meses, então não sei ainda se meu primeiro livro de fato sairá ainda este ano, mas todos meus manuscritos para essa estreia estão pronto e estou amando poder colocar no papel histórias que já contei tantas vezes para os meus filhos. A literatura é algo que sempre se encantou e estou adorando me aventurar com ela agora dessa outra maneira.
    

No cinema, este ano você deve estrelar o longa ‘A Caipora’, onde forma par romântico com Kayky Brito! O filme mistura o universo criminal e o sobrenatural, e sua personagem é uma investigadora da polícia civil! Como foi se preparar para viver esta personagem e como é a sua relação com o Kayky no set de filmagens?

Eu já conhecia o Kayky que é uma pessoa incrível e trabalhar com ele tem sido um presente. Eu tenho lido muito sobre as questões que a personagem tem, como o transtorno de Borderline, e tenho visto filmes e séries policiais para me familiarizar com o tema central do longa. Adoro esse processo de estudar e descobrir a personagem, eu trago até a música que ela ouve, um perfume que seja só dela, e assim ela vai ganhando vida.
   

A música “É o amor” de Zeze di Camargo e Luciano não saem da sua cabeça ou tem outra queridinha da dupla e o que ela representa para você?

Com tantas músicas impossível escolher uma só, mas tem algumas que amo muito como “Mentes tão bem” “Sufocado” (que inclusive ele gravou porque me via escutando a versão dessa música em inglês), e claro que “É o amor” porque simboliza uma mudança na vida da minha família, tanto que tenho essa frase tatuada. 
   

Se você fosse um filme, você seria…

Um ainda a ser escrito, a libriana aqui quer criar sua própria história, de maneira original e com personalidade.