Hilary Swank diz por que Hollywood era mais cruel com ela
Hilary Swank ouviu frases desagradáveis no início de sua carreira
A vencedora de dois Oscars, Hilary Swank, refletiu sobre o machismo estrutural que dominava Hollywood nos anos iniciais de sua carreira. Em entrevista recente à revista "Women’s Health", a atriz foi direta ao afirmar que a indústria era “profundamente patriarcal” e revelou o desconforto que sentia ao interpretar papéis femininos moldados exclusivamente pela perspectiva masculina.
"Quando comecei, Hollywood era mais patriarcal do que nunca", declarou. "Eu interpretava personagens femininas que foram escritas por homens — com um olhar masculino sobre como uma mulher deveria ser. E isso nem sempre era verdadeiro". Swank pondera que, embora houvesse um progresso evidente nos últimos anos, com avanços em diversidade e inclusão, ainda há um caminho a ser trilhado. “Felizmente, as coisas estão mudando”, completou. “A indústria está se tornando mais inclusiva.”
A atriz, que completa 50 anos em 2024, ganhou destaque mundial ao protagonizar dois papéis extremamente desafiadores: em "Meninos Não Choram" (1999), onde interpretou Brandon Teena, um homem trans vítima de violência, e em "Menina de Ouro" (2004), vivendo a boxeadora Maggie Fitzgerald sob direção de Clint Eastwood. Ambas as atuações renderam a Swank o Oscar de Melhor Atriz, e se tornaram marcos não só por seu desempenho, mas pela força simbólica das histórias que trouxe às telas.
Durante a entrevista, Swank também falou sobre identidade feminina e como enfrentou padrões impostos ao longo da carreira. “Não é que eu não goste de ser feminina”, disse. “Só não quero que me digam como devo ser feminina. Isso deve partir de mim.”
Ao ser questionada sobre o impacto de vencer seu primeiro Oscar aos 25 anos, ela usou uma metáfora curiosa: “Foi como se eu tivesse sido disparada de um canhão”. Em tom mais reflexivo, deixou um conselho à sua versão mais jovem: “Respire por um segundo. Pense nas escolhas que faz todos os dias. Certifique-se de que está seguindo o que você quer. É nisso que está o nosso poder — em escolher. O meu tempo é a minha vida.”
Além da carreira no cinema, Swank também vive um novo capítulo pessoal. Ela é casada com o empresário Philip Schneider desde 2018. Em abril de 2023, o casal deu as boas-vindas aos filhos gêmeos, Aya e Ohm — uma realização pessoal que a atriz descreveu como “o papel mais gratificante de sua vida” em entrevistas a veículos como "Good Morning America" e o podcast "Today with Hoda & Jenna".