Nos campos de cima da serra: viaje no estilo glamping
O turismo interno está em alta. E, entre tantas opções disponíveis, há uma absolutamente imperdível. Localizado em Cambará do Sul, uma charmosa cidade gaúcha cercada por cânions, o hotel Parador oferece atendimento personalizado, skyline perfeito para curtir a natureza e hospedagem de alta qualidade – no melhor estilo “glamping”.
Pertencente ao selo “Casa Hotéis”, um dos primeiros empreendimentos do país a adotar essa espécie de acampamento do luxo, que também comanda o Casa da Montanha, o Petit Casa da Montanha e o Wood, todos ancorados em Gramado, o Parador é perfeito para a turma desbravadora – e que faz questão de ter uma boa noite de sono. Por ali, a ideia é aproveitar momentos que misturam boas doses de aventura e de muito conforto, sempre com a pegada intimista, de se sentir em casa mesmo. Pertinho do Parque Nacional de Aparados da Serra e do Cânion Itaimbezinho, o estabelecimento desponta com 28 acomodações, sendo nove delas do tipo “barracas luxo”, seis “barracas suíte”, quatro bangalôs, sete novíssimos casulos, duas suítes Verbena e uma suíte Lavanda que, juntas, compõem o chalé Camarinhas.
As cabanas supercharmosas são feitas de lona e materiais térmicos capazes de isolar o rigoroso frio da região, enquanto os bangalôs seguem traços do desenho rústico, com direito a lareira externa, privativa.
Para os novíssimos casulos, o destaque está no projeto de 24 metros quadrados, concebido pelos proprietários e realizado pela Construtora Casa da Montanha, com design de interiores orgânico e funcional, assinado por Marlene Peccin. As habitações têm estrutura curvilínea feita de madeira de reflorestamento tratada. Elas foram batizadas com nomes de abelhas nativas, como Mandaçaia e Guaraipo.
Todos os ambientes são climatizados e dispõem de amenidades L’Occitane e minibares recheados de mimos. As áreas comuns foram planejadas para ser uma extensão acolhedora dos quartos, com layouts convidativos e relaxantes. Além do bar, do bilhar e da lareira esculpida de pedras, há uma sala de massagem com tratamentos impor- tados diretamente da Provence, na França.
Quem não abre mão de apreciar uma ótima gastrono- mia vai adorar conhecer o menu elaborado pelo chef Rodrigo Bellora, que pilota o restaurante Alma RS – Cozinha, Natureza & Fogo (também aberto para os não hóspedes). O lugar tem especialidades sul-rio-grandenses, como a lasanha de cogumelos e o queijo serrano, a chuleta a cavalo, que leva chimichurri de ervas, mix de arrozes e chips de tubérculos, e a quarta de ovelha assada. Todos os pratos são feitos valorizando os produtores locais e utilizando elementos que cada estação do ano oferece. Há ainda o churrasco preparado no fogo de chão e o almoço campeiro. Vale dizer que a adega conta com seleção de rótulos nacionais, em particular com os vinhos regionais.
Impossível não fazer um parêntese sobre o café da manhã – pois a apresentação arrebata qualquer apetite. Rodeado por uma floresta de araucárias, o recinto é superaconchegante e colorido. A decoração é pautada pelo xadrez vichy e por dezenas de bules e de chaleiras esmaltados coloridos que esbanjam charme. Enquanto se contemplam as deliciosas iguarias matinais, dá para observar as brumas do lado de fora sendo suavizadas pelo sol. É aí então que bate aquela vontade de se jogar em uma aventura.
Aos visitantes, sobram trilhas entre os cânions e as cachoeiras, com diferentes níveis de dificuldade, paradas para um pastel de pinhão delicioso no Vô Marçal, cavalgadas pelos campos da fazenda, organizadas pela Cavalgada Estância da Serra, e voos cinematográficos de balão ao amanhecer. Também é possível realizar a colheita de cogumelos locais. Você pode cozinhá-los ali mesmo ou levá-los para o hotel, degustando-os à noite em um delicioso risoto. Voltando para a aventura em si, o passeio de quadriciclo, com parada para sapecada de pinhões, ou até passeios de mountain bike animam a agenda.
Para os amantes de geleias e antepastos, vale a pena conhecer os Sabores da Querência, a poucos minutos do hotel, famosa principalmente por seu cheesecake com frutas vermelhas. O charmoso sítio produz suas iguarias de forma 100% artesanal e orgânica. Quem organiza com maestria todas as experiências inesquecíveis é a agência Coiote Adventure, que eleva sua estadia a outro patamar. O melhor conselho de quem entende do assunto é dividir o dia em duas partes, com parada para o almoço – de volta às mesas do Alma – e o chá da tarde, servido pontualmente às 16 horas, regado a chá de maçã e canela e waffles feitos na hora (não dá para pular!).
Depois de maximizar a diversão e encerrar as atividades com um pôr do sol de tons avermelhados repousado sobre as colinas, retornar ao hotel é como estar em casa. Pausa para ficar à toa no deque externo ou no sofá de couro, sentir o agradável odor da canela e bebericar o chimarrão a bordo do poncho originário dos pampas. Uma viagem que encanta e nos obriga a tecer planos de revivê-la em um futuro próximo.
