Inflammaging: entenda como o termo se relaciona com a alimentação
O termo ‘Inflammaging’ (inflamação + idade em inglês), se relaciona diretamente a uma alimentação desequilibrada e inflamatória. Saiba mais sobre o assunto com a naturopata, Fernanda Capobianco!
O Inflammaging, é um termo ligado diretamente à inflamação do corpo em decorrência de uma alimentação desequilibrada! “O que leva ao Inflammaging são excessos de alimentos que inflamam, hábitos de vida e a falta de exercício físico combinada a altos níveis de estresse e falta de boas noites de sono, por exemplo”, explica a naturopata Fernanda Capobianco, certificada como coach e terapeuta de nutrição integrativa pelo Landmark Worldwide e pelo Instituto de Nutrição Integrada, ambos em Nova Iorque (EUA).
De acordo com a terapeuta holística, criadora do método Holi U, a alimentação é fundamental nesse processo do “envelhecimento” do corpo, que se intensifica ainda mais a partir dos 40 anos. Uma das estratégias para desinflamar é consumir no dia a dia uma abundância de verduras, legumes e frutas (livres de pesticidas), sementes, cereais integrais e leguminosas. “E claro, evitar os alimentos que inflamam, como produtos industrializados e processados, congelados, biscoitos, massas, açúcar, fast food, sorvetes, excesso de proteína animal, queijos, derivados de leite, refrigerantes e bebidas alcoólicas”, especifica Fernanda. A especialista reafirma a importância de manter uma alimentação limpa – mais alimentos em natura e menos industrializados ou pesticidas – , o que ela chama de “descascar mais e desembalar menos”, para que o sangue fique alcalino.
A especialista explica que quando a nossa microbiota está em disbiose, (mais bactérias ruins do que boas em nosso intestino), o processo de inflamação é agravado, pois o corpo dificilmente absorve os nutrientes necessários. “Portanto, a digestão fica mais difícil e, consequentemente, a pessoa engorda ou tem dificuldades para emagrecer”, esclarece Fernanda, que avalia o nível de “inflamação” de seus pacientes através de uma anamnese (questionário). “E também, por sintomas como falta de sono, falta de energia, prisão de ventre, dificuldade para emagrecer, leve depressão e outros.”
Dentre possíveis doenças que podem decorrer deste processo inflamatório, são estas, segundo a especialista: Diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer, doença crônica dos rins, sarcopenia (perda de músculos), osteopenia, anemia, depressão e demência.
Portanto, a frase “você é o que você come”, nunca foi tão bem empregada. “Uma alimentação com abundância em legumes, leguminosas, verduras, sementes e frutas, contêm todos os nutrientes e fitonutrientes com propriedades antioxidantes e anti inflamatórias que o corpo humano precisa. Essa alimentação vai gerar uma microbiota saudável e, quando está saudável, além de bons hormônios, são gerados os neurotransmissores como serotonina, conhecido como o hormônio da felicidade. Mais de 70% da serotonina produzida no nosso corpo é gerada através da nossa microbiota”, entrega.
No entanto, hábitos como falta de exercícios físicos, tabagismo, passar muito tempo sentado, ingerir pouca água, carboidratos processados em excesso, açúcar e doces, não dormir bem, poucas horas de sono, falta de visão e propósito, não ter relacionamentos significativos, também colaboram para o Inflammaging. Segundo a coach, esses hábitos geram perda de vitalidade, envelhecem e desregulam os hormônios que tendem a flutuar durante a perimenopausa e menopausa.
“A alimentação é grande parte do processo, mas ainda devemos olhar a saúde como um todo (prática de exercício físico, manter o corpo hidratado, controle emocional, praticas espirituais e boas noites de sono). Por isso criei meu próprio Método Holi U; para integrarmos todos esses em nosso dia a dia de maneira gradativa”, finaliza Fernanda.