Geração Z conquista corte de cabelo ousado
Em busca de inspiração para inovar no corte de cabelo nessa temporada? Enquanto as curtain bangs continuam em alta, trazendo leveza e fluidez para o visual, uma nova aposta está surgindo, em contrapartida, a essa estética, trazendo um corte mais reto e brusco — e que incrivelmente nos remete à mesma década, os anos 70, e à musa Cher. Chamado de "Hime Cut" (ou Corte Hime), ele ganhou destaque no desfile de outono/inverno 2021 da Prada, dominando também o Tik Tok e ganhando cada vez mais adeptas.
Caracterizado pelo seu corte reto nas laterais do rosto — criando uma moldura interessante e fora do comum. Ainda que todo esse visual pareça moderno e ousado, em entrevista para a W, a historiadora de cabelos Rachael Gibson revela que ele foi popularizado entre os anos 794 a 1185, na história japonesa. “Esses comprimentos frontais mais curtos teriam sido cortados durante a cerimônia de Binsogi; um evento que celebra a maioridade com um corte de cabelo”, explica. A especialista explica ainda que na década de 70 ele voltou com tudo graças à influência da cantora Megumi Asaoka.
Agora ele reaparece e ganha destaque graças ao advento do Tik Tok, a plataforma que está intensificando o ritmo das tendências de beleza e trazendo uma participação forte da geração Z. Na plataforma, a hashtag #himecut já recebeu 3.9 milhões de visualizações, enquanto a #hime e #himehaircut receberam 126.6 milhões e 394.8 mil respectivamente.
Além da passarela da Prada e o Tik Tok, diversas celebridades se juntam aos responsáveis pela popularização do corte. No Grammy 2021, a banda Haim chamou a atenção no tapete vermelho pelo cabelo de suas três integrantes, bem como a cantora Lisa da banda Black Pink.
Por outro lado, a tendência levanta o debate de apropriação cultural. Afinal, algo vindo da cultura japonesa, que fez parte de sua história, poderia ser popularizado e usado por pessoas de diversos países e etnias?
“Isso não é signature Prada, é um Hime Cut, é apropriação cultural japonesa”, revela @nymphroses no Twitter. Enquanto isso, outros usuários da rede parecem confusos: “Ter um corte hime em alguém que não é da cultura seria mesmo apropriação cultural japonesa?”, questiona @itgirlsuji, explicando que ela gostaria de aderir ao visual, mas precisa se certificar disso antes. O que você acha dessa tendência?