Máscaras de dormir podem ser prejudiciais para a pele?
Quem já experimentou máscaras de dormir nos olhos sabe o benefício de acordar mais descansado – e alguns estudos até mostram melhoras no aprendizado. Mas isso pode influenciar na qualidade da pele?
Quem já experimentou dormir com uma máscara nos olhos sabe o benefício de acordar mais descansado – e alguns estudos até mostram melhoras no aprendizado. É por esse motivo que o acessório está ganhando cada vez mais popularidade em uma geração que costuma ficar exposta a luzes artificiais o dia inteiro. Mas será que o abafamento da região faz mal para a pele?
Segundo a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a pele da região dos olhos é a mais fina do corpo, ela tem pouca lubrificação natural e envelhece mais prematuramente, já que perde colágeno com maior facilidade. Tendo isso em vista, as máscaras de dormir podem ser usadas, mas alguns cuidados devem ser tomados para evitar envelhecer a pele da região.
Abaixo, a médica dá 4 dicas poderosas para aproveitar ao máximo os benefícios da venda de dormir sem que isso atrapalhe a pele:
- Escolha bem a máscara:
Segundo a dermatologista, dormir com máscara ocular tem um problema se ela for feita de um material não adequado ou se ela estiver muito apertada. “Escolha máscaras que proporcionem conforto e que o elástico não faça muita pressão sobre a pele; a máscara apertada pode segurar a circulação linfática e a circulação sanguínea, que já é um pouco prejudicada pela própria área fisiológica anatômica da região”, destaca a Dra. Mônica Aribi. Quanto ao material de confecção, o mais benéfico para a pele seria 100% algodão. “Evite tecidos sintéticos, poliéster e aquelas máscaras que têm aquele recheio com penas, que pode causar alergia. Uma dica bem bacana é deixar a máscara na geladeira antes de usar, porque o gelado também já ajuda a evitar inchaço”, diz a médica.
- Atenção ao skincare pré-sono:
“O maior cuidado seria aplicar o creme para os olhos, indicado pelo dermatologista, de uma forma bem prévia à colocação da máscara ocular. Então, se você pretende dormir meia-noite, o creme tem que ser aplicado às 21h para ter uma boa absorção. Se isso não for possível, ao menos quinze minutos antes de se colocar a máscara. Caso contrário, a máscara acaba absorvendo mais o creme do que a sua própria pele. E também pode haver uma ação irritativa da pele com o creme”, explica a médica.
- Atenção aos ativos:
“Sugiro que os ativos presentes nos cremes tenham foco na hidratação dessa região, já pensando que vai haver um contato, mesmo que mínimo, com a máscara ocular. Dessa forma, indico que seja o ácido hialurônico, que é um polissacarídeo e é próprio da pele, com ação hidratante. Então, acho que seria o melhor a ser usado nesses casos. Um outro ativo que pode talvez ser usado seria a elastina, que seria para uma hidratação mais superficial, e o óleo de silicone para a proteção da pele junto ao tecido da máscara”, explica a Dra. Mônica Aribi. “Evite ácidos na região sem a indicação de um médico dermatologista. Ao acordar, o cuidado específico seria higienizar o rosto com água natural e, assim, já justamente durante essa lavagem, já dar uma dedilhada nessa área para a circulação voltar ao normal. E claro, use filtro solar”, completa.
- Lembre-se de higienizar a máscara:
A higiene da máscara ocular deve ser feita com sabonetes neutros e ela deve ser lavada no mínimo uma vez por semana. “É importante que ela seque ao ar livre”, explica a médica.
A médica lembra que alguns pacientes passam a dormir melhor com o uso da máscara e o sono é um componente importante para manter a pele jovem. Mas, em alguns casos, pode ser necessário melhorar a hidratação da região com procedimentos em consultório, com mesoterapia ou skinbooster, que compreendem a aplicação de ativos de maneira superficial, ou HydraFacial Perk Olhos, que utiliza a exclusiva tecnologia roller-flex para remover gentilmente impurezas e células mortas da pele da área dos olhos através de sucção a vácuo ao mesmo tempo em que nutre e hidrata a região.
Outros pacientes que sofrem com olheiras podem precisar de tratamentos mais direcionados a laser no comprimento de onda 1064nm, que causa uma microfragmentação no pigmento, que é absorvido pelo organismo, clareando a região. Em outras situações, no caso de bolsas, usar preenchedores injetáveis para tratar os sulcos.
E, por último, mas não menos importante, lembre-se sempre consultar com um especialista de confiança.