Pele x álcool: quais os danos do consumo de bebidas alcoólicas?
Dermatologista Dra Juliana Neiva explica consequências do consumo do álcool para a saúde da pele
Mesmo após a passagem do carnaval, as consequências da folia podem continuar aparecendo. E o período, além de muita festa nas ruas e música, trouxe também o aumento significativo do consumo do álcool.
Para a pele, isso pode significar uma série de reações negativas. Desidratação, micro inflamação e até mesmo alteração da microbiota intestinal, que interfere diretamente na aparência do órgão.
Por outro lado, tratamentos estéticos ajudam a corrigir os danos causados pelo consumo exagerado. Conversamos a dermatologista Dra Juliana Neiva, que explica mais sobre os impactos do álcool na saúde da pele, assim como, quais os procedimentos ideais para esse tipo de situação.
Confira abaixo a entrevista:
O que o álcool pode causar na pele?
O álcool provoca uma série de reações na pele. Essas reações são baseadas no processo de desidratação, micro inflamação e alteração da microbiota intestinal (que acaba influenciando na aparência da pele).
Podem ser observadas mudanças de textura; já que por conta da falta de hidratação a pele tende a ficar mais opaca. Já a micro inflamação, pode resultar em quadros de doenças como a dermatite seborreica, rosácea e, eventualmente, tornar a pele mais reativa à sensibilidade. Alguns dos indícios desse quadro são a vermelhidão da pele, que pode ser seguida ou não de pontos de ressecamento ou descamação.
Como minimizar os danos ?
É muito importante cuidar da hidratação com o aumento da ingestão de água. O uso dos antioxidantes e dos hidratantes sobre a pele é fundamental para frear o processo inflamatório. Outra medida importante é regularizar a microbiota intestinal e a microbiota cutânea com o uso de probióticos específicos.
Caso a ingestão de álcool tenha se tornado gatilho para deflagrar alguma doença dermatológica, a recomendação é procurar um dermatologista para adequar os cuidados e eventuais usos de medicamentos.
Uma dica caseira para disfarçar as olheiras é usar dois saquinhos de chá verde gelado, um sobre cada pálpebra por 10 minutos. Por ter cafeína e flavonoides, o chá verde ajuda a desinflamar e reduzir o edema.
Hidratantes neutros e máscaras com ácido hialurônico também podem ser aliados. Já a bruma e a água termal ajudam a refrescar a pele. Para quem busca tratamentos ainda mais profundos, há o drug delivery, feito em consultório, que facilita a entrega de ativos terapêuticos nas camadas mais profundas da pele.
A bebida alcoólica pode causar ressecamento e descamação da pele? O que fazer para amenizar?
Já a micro inflamação, pode resultar em quadros de doenças como a dermatite seborreica, rosácea e, eventualmente, A ingestão de álcool está relacionada com gatilhos de diversas doenças como psoríase, dermatite seborreica, rosácea e, dependendo da quantidade de consumo, pode estar ligada ao envelhecimento cutâneo. Além disso, pode tornar a pele mais reativa à sensibilidade; indício desse quadro é a vermelhidão da pele, que pode ser seguida ou não de pontos de ressecamento ou descamação.
Para evitar o ressecamento e a descamação, é importante manter a hidratação, aumentando a ingestão de água e fazendo uso de antioxidantes e hidratantes sobre a pele para frear o processo inflamatório.
E quanto ao envelhecimento da pele?
Quais os danos que o álcool causa nos cabelos?
Há estudos que indicam a relação do consumo de álcool com a piora da queda de cabelo em pacientes com quadros de dermatite seborreica no couro cabeludo.
Quantidade de álcool e receita do drinque fazem diferença?
Não só o tipo de drink interfere na piora da pele, mas também a quantidade de ingestão. Bebidas alcoólicas com alto teor de álcool acabam inflamando e desidratando mais a pele.