Protetor solar: 5 dicas para potencializar a proteção da pele no verão
O protetor solar pode não bloquear completamente a radiação ultravioleta, então medidas como se expor ao sol nos horários adequados e investir em bloqueios físicos são fundamentais para manter a pele jovem e saudável. Confira todas as dicas!
Fotoproteção é sinônimo apenas de protetor solar, certo? Errado! Essa, é claro, é a principal medida, mas não é - e nem deve ser - a única.
Segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, especialmente os raios UVA não são totalmente bloqueados apenas com o protetor solar. E a exposição à radiação solar leva ao envelhecimento fotoadquirido, com formação precoce de rugas e manchas, mudança na textura da pele, angiogênese (formação de novos vasos), epiderme pergaminácea e flacidez.
Além disso, há um aumento no risco de lesões cancerígenas na pele. Então, especialmente agora com a chegada das estações quentes, é importante adotar uma série de outras estratégias para garantir uma fotoproteção eficaz, conforme um time de especialistas explica abaixo:
- Foco no relógio: Os horários que você se expõe ao sol importam! “Apesar da intensidade da radiação UVA, principal responsável pelo câncer de pele e aceleração do envelhecimento cutâneo, apresentar pouca variação ao longo do ano e do dia, a radiação UVB é mais intensa no verão, principalmente entre 10h e 16h”, afirma a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). “Essa é a radiação que causa queimaduras, vermelhidão e danos à epiderme, então é melhor evitar a exposição solar nesses períodos de maior intensidade”, diz a dermatologista.
- Invista em bloqueios físicos: Bloqueios físicos ajudam a potencializar a fotoproteção e devem ser buscados mesmo com a aplicação adequada do protetor solar. “Sempre que possível, mantenha-se na sombra e invista em acessórios como óculos de sol e chapéus, que devem oferecer proteção ultravioleta, assim como as roupas”, diz a Dra. Paola. E cuidado para não depender apenas do guarda-sol, pois, apesar de refletir grande parte da radiação, não é suficiente sozinho. “Estudos mostram que o guarda-sol oferece, no máximo, proteção equivalente a FPS 8. E, na praia, a areia ainda reflete os raios solares”, acrescenta a dermatologista.
- Utilize produtos com antioxidantes: O uso de produtos com antioxidantes é uma estratégia de fotoproteção indispensável. “Esses ingredientes impedem a formação de radicais livres e reparam o processo inflamatório provocado pela exposição à radiação solar”, diz a Dra. Claudia Marçal, que lista as Vitaminas E e C, o Alistin e o Resveratrol como poderosas opções de ingredientes antioxidantes. Esses ativos podem estar presentes tanto no próprio protetor solar quanto em um sérum que deve ser aplicado previamente ao fotoprotetor, como o Clarivis C Ultra Resist, da Ada Tina, um sérum que, além de Vitamina C, ainda conta com alfa-arbutin, que tem alta capacidade clareadora da pele, e Niacinamida, capaz de melhorar a textura e uniformidade da pele e fortalecer a barreira cutânea, protegendo contra os agressores ambientais.
- Inclua certos alimentos na dieta: De acordo com a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), alimentos ricos em carotenoides e polifenóis conferem proteção adicional contra a radiação solar. “Esses alimentos atuam como importantes fotoprotetores orais por sua alta atividade antioxidante. Um grande exemplo é a melancia, que, por conter grandes quantidades de carotenoides como o licopeno, ajuda a proteger a pele dos danos oxidativos causados pelo sol e evitar o envelhecimento precoce do tecido”, explica a especialista.
- Aposte na imunoproteção oral: Quando associado à aplicação do fotoprotetor, o uso oral de pré e probióticos promove bons resultados na defesa e imunologia da pele. “Os filtros orais imunoprotetores melhoram a resistência cutânea e imunológica e funcionam como verdadeiros guardiões quando associados aos fotoprotetores. Eles preservam a estrutura e evitam a desnaturação do DNA celular ao protegerem as células imunológicas da pele, além de reverterem parcialmente os danos biológicos e inflamatórios causados pela exposição exagerada ao sol”, enfatiza a Dra. Claudia Marçal. Nesse sentido, a médica sugere opções como Polipodium Leucotomus, Picnogenol, Astaxantina, FC Oral, Luteína e Resveratrol, sempre associados ao uso de silício orgânico Exsynutriment para melhora do aspecto da flacidez.
Porém, lembre-se que nenhuma dessas estratégias substitui o fotoprotetor, que ainda assim deve ser aplicado diariamente. “Opte por fotoprotetores que possuam FPS de, no mínimo, 30 e PPD de pelo menos um terço desse valor, ou seja, 10. Enquanto o FPS indica a proteção contra a radiação UVB, o PPD refere-se à radiação UVA. Além disso, escolha produtos que combinem filtros físicos e químicos. Os filtros físicos refletem ou dispersam a radiação, já os químicos absorvem a energia, assim garantindo uma proteção mais eficaz”, aconselha a Dra. Claudia Marçal. Além disso, é ideal reaplicar o produto várias vezes ao longo do dia, preferencialmente a cada duas horas ou após sudorese excessiva e contato com a água.