Solstício: o verão em gotas de perfume
Quantos mistérios ainda envolvem nossa fonte de energia universal? O Sol é estudado desde que a humanidade começou a pensar em si e sobre seu entorno. Ele já inspirou romances, músicas, peças e religiões. Aproveitar um pouco de seu calor, diariamente, é sinônimo de saúde. Há quem afirme – com convicção – que seus raios recarregam a energia vital e nos preparam para um dia melhor e mais otimista.
O mundo da perfumaria também tem sua atração por esse astro tão importante. É comum encontrar no rótulo que aquele produto é ensolarado ou que combina com o amanhecer. Os perfumes considerados solares, entretanto, não integram formalmente as principais famílias olfativas e suas subcategorias. É crescente, porém, o número de consumidores e marcas que gostam de acordes que remetem a bons momentos na praia, a um pôr do sol ou até a aromas inusitados, como o de filtros solares clássicos e brinquedos infláveis de piscina.
Para conseguir tal aspecto luminoso, a fragrância precisa conter certas notas, vindas da natureza ou de substâncias sintéticas. Aromas cítricos, salinos ou aquáticos, de coco, herbais, de baunilha, de madeiras e heliotropin, nota que foi sintetizada no fim do século 19 para se parecer com o cheiro da planta heliotrópio (que direciona suas flores para a luz solar), são algumas das combinações que nos fazem viajar imediatamente para uma região costeira do Mediterrâneo ou a Grande Barreira de Corais da Austrália.
Em um momento ainda com tantas restrições de ir e vir, tais combinações aromáticas podem funcionar como uma alavanca para boas memórias de outros verões e também para planejar, com otimismo, o que acontecerá nas próximas férias.