Metaverso: mergulhe neste novo universo!

Muitas coisas mudaram depois que o mundo fechou suas portas em virtude da pandemia. Dizem por aí que aceleramos uma década no quesito tecnologia. Reuniões não precisam mais de deslocamento, assinar contrato agora pode ser um ato digital, restaurantes têm cardápio em tablet ou via QR Code e, sim, cada vez mais somos dependentes de nossos celulares. Sem dúvida, algumas mudanças irão ficar e outras sairão de cena, mas existe uma novidade que realmente pode mudar a forma como entendemos nossa vida: o metaverso.

Você já sabe como ele funciona? Conceitualmente, se trata da terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais. É um espaço coletivo compartilhado, constituído pela soma de realidade virtual, realidade aumentada e internet. Ele oferece uma maneira totalmente nova de construir comunidades e de envolver usuários com marcas.

Parece complicado, mas na verdade é bem simples. Imagine eventos globais, fóruns, festivais, aulas, conferências, treinamentos, experiências, tudo isso que antes acontecia cotidianamente no mundo real, agora em espaços virtuais. Os locais customizados em 3D, modulados da forma como quem estiver contratando quiser, com avatares conversando e vivenciando o momento como na vida real.

Daqui por diante prepare-se! Você provavelmente vai começar a receber convites para participar de eventos corporativos e sociais nessa modalidade. Não se acanhe, aceite a proposta, entre no espaço pelo seu computador e imediatamente crie seu avatar (o processo é simples), depois é só começar a desfrutar todos os conteúdos e experiências preparados para aquele momento.

Sustentabilidade e inclusão são grandes defesas dessa «nova realidade», como está sendo chamada, afinal pessoas com dificuldade de deslocamento, de saúde comprometida e de outros tantos diversos impedimentos poderão estar presentes em acontecimentos virtuais em tempo real sentadas confortavelmente em suas casas. Outro benefício revolucionário para o mercado é o “anywhere office”. Assim como as empresas na pandemia tiveram que se adaptar para o " home office", agora tudo muda novamente, pois salas virtuais exclusivas estão sendo construídas para empresas, permitindo que os funcionários estejam presentes e interajam como se estivessem realmente em um espaço físico. Uma das vantagens é que vamos poder continuar vestidos casualmente em casa enquanto nossos avatares irão trabalhar em trajes adequados.

Estima-se que 2 milhões de pessoas estarão no metaverso em apenas quatro anos, e que o montante de dinheiro investido nessa modernidade será colossal. Grandes empresas, como Gillette e Bugatti, estão utilizando a tecnologia para apresentar seus produtos, e inúmeras outras também já adotaram o metaverso. Mas se engana quem pensa que se necessite de um computador de alto desempenho e de óculos 3D para fazer parte da inovação. Nada disso: qualquer computador que acesse o YouTube, por exemplo, pode ingressar no mais complexo e elaborado evento. Mesmo com todo esse avanço, ajustes estão por vir, pois a tecnologia ainda deixa a desejar no sentido de reproduzir com fidelidade a realidade – o que provoca um certo alívio, porque ainda conseguimos perceber as diferenças entre os mundos. Mas sabemos que isso é só uma questão de tempo, de capacidade tecnológica e de imersão. No momento temos apenas que observar nossa resposta social para essa novidade digital, pois ainda é cedo para teorizarmos a real proporção e impacto do metaverso no nosso cotidiano, a única certeza é que ele já está entre nós.