Meghan Markle e Sarah Ferguson: o que elas têm em comum?
Conhecida pelo público, expansiva e casada com o segundo irmão da jovem geração da realeza britânica. As palavras que hoje servem para caracterizar Meghan Markle já couberam a Sarah Ferguson na década de 80, quando se casou com o príncipe Andrew, terceiro filho da Rainha Elizabeth II. Contudo, as semelhanças param por aí.
Do casamento, que durou de 1986 a 1996, nasceram as princesas Beatrice e Eugenie. A relação foi demarcada por escândalos de traição por parte de Sarah, mas, apesar disso, hoje o convívio entre todos é agradável.
Embora de origem plebeia, Sarah desde a infância já frequentava os mesmos eventos que a nobreza, por ser de uma família muito rica. Assim, já havia conhecido Andrew, embora a maior aproximação do casal tenha ocorrido por intermédio da princesa Diana, amiga de escola de Sarah.
Enquanto o passado romântico de Diana transmitia uma imagem perfeita, o de Sarah já era conhecido pelos ingleses. Seu namoro com Paddy McNally, empresário milionário da Fórmula 1, 22 anos mais velho que ela, já havia sido público. Isso não importou ao príncipe Andrew que, em menos de um ano de relacionamento, oficializou não apenas o noivado, como também o casamento, em 23 de julho de 1986 na Abadia de Westminster.
O casamento às pressas suscitou boatos de que Sarah estaria grávida, mas a primogênita do casal nasceu apenas em agosto de 1988. Conhecida como duquesa de York, graças ao título dado a Andrew após o casamento, Sarah destoava do restante da nobreza por sua espontaneidade.
Entretanto, a alegria não durou muito. Após o nascimento da segunda filha, em 1990, Sarah entrou em depressão, agravada pelas longas ausências do marido, devido ao trabalho dele na Marinha. Em 1992, ela foi flagrada traindo o marido com o multimilionário americano Steve Wyatt. Apesar de a separação ter sido anunciada nesse mesmo ano, o divórcio só ocorreu 4 anos depois, em maio de 1996, quando decidiram pela guarda compartilhada das filhas.
Os anos seguintes foram marcados por escândalos. Com uma vida recheada de festas e viagens, Sarah acumulou dívidas, mesmo que os termos do divórcio tenham lhe garantido uma vida confortável. Para recuperar-se financeiramente, ela chegou a participar de programas de TV populares, nos quais dava dicas sobre alimentação, de comportamento e de como viver bem, para famílias de baixa renda.
O maior escândalo, sem precedentes para a família real, ocorreu em 2010, quando foi flagrada vendendo acesso ao príncipe Andrew para um suposto milionário indiano. Nesse mesmo ano, sem ter como driblar a crise financeira e pessoal, declarou falência e começou a retomar os rumos de sua vida.
A guinada de Sarah foi marcada por sua dedicação a causas nobres, como seu papel como embaixadora da Not for Sale, entidade de combate à escravidão atual. Mesmo após as turbulências, seu relacionamento com Andrew é amigável.
Embora não tenha sido convidada para o casamento de Kate e William, futuro rei britânico, por ser um evento com honras de Estado que não deveria ser maculado pelas atitudes dela no passado, Sarah compareceu ao casamento de Harry e Meghan, no qual se pôde notar a cordialidade entre ela e os demais membros da família real.