Balmain: a passarela entre passado e presente
Nesta coleção outono/inverno 2024/25, a Balmain encontrou um meio termo muito interessante entre passado e presente, com uma alfaiataria contemporânea e plissados esculturais.
Olivier Rousteing vem, há algumas estações, atualizando a silhueta poderosa e ultra-decorada que marcou sua visão criativa na Balmain. Faz parte desse momento uma maior proximidade com o traço do fundador da marca, que fez fama com looks ousadamente femininos e sofisticados, enfatizando bordados, cinturas justas e saias imponentes. Nesta coleção outono/inverno 2024/25, Olivier encontrou um meio termo muito interessante entre passado e presente, com uma alfaiataria contemporânea dividindo espaço com saias moldadas em moulage, corpetes estruturados e resinados, plissados esculturais.
Tudo alinhavado pelo tema: Bordeaux, a cidade francesa onde o diretor criativo cresceu. “Como chove muito, o trench coat é essencial no guarda-roupa local. Assim, atualizamos os mais notáveis desenhos da peça por Pierre Balmain, que se estenderam para saias, vestidos e calças”, conta ele sobre a primeira etapa do desfile. Ele segue suas memórias de infância maximizando a estampa Vichy, que conecta os piqueniques em família com a obra de Monsieur Balmain. As uvas, símbolo da cidade, virou bordados, estampa, brincos e clutch. E o caracol escargot inspirou joias, botões e um peitoral em metal dourado. Arrematando, novas versões da bolsa Jolie Madame, batizada com o nome da lendária silhueta de Pierre Balmain de meados do século passado.
Rousteing enfatiza que esta é uma coleção atemporal, para mulheres de todas as idades. Não foi apenas uma declaração para fazer pose. O estilista, que sempre teve uma postura inclusiva, reuniu o casting mais inspirador até o momento desta semana de moda de Paris, com mulheres de todas as idades, mas principalmente desafiando estereótipos associados à idade. Bravo, Olivier!