Balmain celebra legado de Monsieur Pierre Balmain em nova coleção

Assim como na coleção do último inverno, a Balmain voltou a celebrar o legado de Monsieur Pierre Balmain mergulhando nos seus arquivos. De lá saíram agora referências à alta costura do final dos anos 1940 e início dos anos 1950. O diretor criativo Olivier Rousteing transitou entre a alfaiataria precisa e peças esculturais. A alfaiataria em preto e branco dominou o início do desfile com jaquetas próximas ao corpo que são a cara da marca, combinadas com bermudas sequinhas, e blazer de smoking que podia ser usado com colete e calça ou sobre saia plissada e camisa de bolinhas – um motivo característico da maison. Já nessa sequência, Rousteing trabalhou uma interessante silhueta arquitetônica com volume no quadril. É uma modelagem-chave, base para vários looks.


Outra inspiração importante para o verão 2024 da marca é a rosa. A flor surge em estampas, bordados e moldada em tecido; desde um único botão até gigantes rosas-repolho. Rosas tridimensionais são feitas de uma ampla variedade de materiais, incluindo couro envernizado, borracha, látex, porcelana e até garrafas plásticas recicladas. Para além da beleza, Rousteing incorporou os espinhos às peças. No texto que ele divulgou sobre o desfile, ponderou: “Como diz o ditado, você pode reclamar que os caules das rosas têm espinhos ou pode comemorar o fato de os arbustos espinhosos produzirem rosas. Minha equipe e eu escolhemos o último.”


É uma maneira positiva de olhar a vida, com seus percalços. E Rousteing e sua equipe passaram por um grande susto e desafio com o roubo de 50 peças poucos dias antes do desfile. Sem se deixarem abater, concentraram esforços para que a perda não afetasse o show. Elegantemente, o diretor criativo agradece no texto aos seus colaboradores e ofertas de ajuda que recebeu de colegas da indústria. Ainda que a coleção já estivesse definida antes do infortúnio, é interessante observar a rosa também como metáfora.