Casa de Criadores: confira os highlights do segundo dia
Espaço aberto para a liberdade de expressão talvez seja a melhor definição para a Casa de Criadores. Vem tanto da necessidade quase visceral dos designers e seus convidados de transformar a moda em ferramenta de comunicação quanto de exercitar processos criativos independentes de códigos de mercado.
Tido como rebeldia ou movimento underground, o que vem à tona é um belo processo de democratização e união de talentos para fazer acontecer. Ainda que salta a necessidade de amadurecimento técnico de confecção e acabamento da roupa em algumas marcas, a mensagem, aqui, tem poder e emociona.
Na segunda noite do evento, a ênfase no trabalho manual também foi destaque. Alexandre dos Anjos transformou suas peças – e, por tabela, o corpo – em telas para pinturas que resgatam experiências de vida: orixás, o primeiro jogo de búzios, escola de samba, enquanto na Berimbau Brasil, prints se conectam com bordados e adornos de cabeça inspirados em povos africanos.
Alexandre dos Anjos
Berimbau Brasil
David Lee fala de sentido focando no trabalho de artesãs, a exemplo da Thear ao trabalhar o fuxico, um dos fios condutores do processo de olhar para o regional sem perder de vista o global. Nesse caminho entram questões de sustentabilidade e inclusão que, para a Trashrealoficial virou manifesto e chamada para um financiamento coletivo.
David Lee
Thear
Trashrealoficial
Para Heloisa Faria, esta edição também teve o gostinho de estreia, mas como diretora de filme, ao lado do companheiro, Rubens Crispim Jr. Com a atriz Gilda Nomacce em cena, “Gildas” fala das muitas mulheres em uma só e, também, de transformação, vida, desejo.
Heloisa Faria