O feminismo poético de Dior para o outono 2021
Principal bandeira da Dior sob o olhar de Maria Grazia Chiuri, o feminismo ganha ainda mais significado com a escolha do dia de hoje para a apresentação do Inverno 2021/22 da marca francesa. Envelopado em suavidade e imagem poética, a diretora criativa lança o livro “Her Dior: Maria Grazia Chiuri's New Voice”, com interpretações de 33 fotógrafas das coleções já criadas por ela. Há dois dias, a grife vem apresentando cinco teasers animados criados por jovens ilustradoras de diferentes países. O pedido foi que compartilhassem sua interpretação sobre a feminilidade e suas próprias experiências pessoais. E, então, o desfile. O cenário escolhido foi, nada menos que o Château de Versailles, palco de histórias extraordinárias e intrigas, luz e sombra, que funcionam como metáfora para a condição da mulher ainda na sociedade contemporânea e ressaltadas no balé que acompanhou a apresentação. Segundo a diretor criativa, “o conto não é uma forma de fuga, serve para desafiar, para rever estereótipos e arquétipos. Consiste numa narração projetada para o futuro”. Assim, coube à artista Silvia Giambrone criar a 'La Galerie des Ombres', com as superfícies reflexivas das esculturas de espelho com moldura dourada substituídas por cera e espinhos simbolizando a percepção feminista e o patriarcado. Histórias de fadas e fábulas protofeministas que um dia foram contadas em salões nesse mesmo lugar por escritoras pioneiras inspiraram Maria Grazia a enfatizar códigos masculinos e femininos na coleção, como camisas com delicadas golas de pérolas, vestidos finalizados por sapatos pesados. Uma alfaiataria retrô se mescla ao padrão de leopardo. No final, vestidos diáfonos e o sugestivo modelo em vermelho intenso com corpete em formato de coração.
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