Dolce & Gabbana relembra seus clássicos na MFW
Em parceria com Kim Kardashian, Dolce & Gabbana re-trilha seus designs de arquivo e marca mais uma passarela na Semana de Moda de Milão
Quase na beira dos 40 anos de estrada (arredondados em 2025), os Dolce & Gabbana têm se empenhado em re-trilhar as ladeiras das memórias e dos seus clássicos. No último desfile, deram as mãos a Kim Kardashian para uma coleção feita de uma série de reedições de arquivos — que começa agora a chegar às lojas. Hoje, com a BFF Kim novamente abençoando, agora na primeira fila, Domenico e Dolce revêem elemento mais sutil da sua eredità: o apego por uma sensualidade muito particular, que pode ser às vezes escrachada (são latinos, afinal), noutras tantas, ensimesmada. “Uma coleção que celebra o autêntico feminino, baseado nas suas experiências internas”, definem. Para isso, deixam de lado muito do flashy italiano para olharem a um boudoir à Dolce. Se é transparência que a moda tem pedido, é o que eles entregam: num mix de camadas de rendas, tules e sedas sobre lingeries também rendadas, às vezes combinadas a sutiãs e corpetes de metal. Drapeados de jérsei douradíssimo abrem espaço para looks inteiros de cristais brilhantes, que é como encerram o desfile. Contudo, um ideal de sensualidade pode ter vários parâmetros: ao lado de tanta transparência, o que se sobressai é quando as ragazza DG da vez se cobrem inteiras em alfaiatarias poderosas, vindas (e atualizadas) diretamente dos anos 1970/80, quando os ombros poderosos ditavam a personalidade das gatas que os carregavam. As reedições também continuam: igual à curadoria de KK, peças carregam os anos de origem em tags espertas, como na saia lápis com fenda diretamente de 1995 ou o twin set da executiva de 1991.