Gucci mantem seu DNA maximalista em nova coleção
Pela segunda vez, a Gucci apresenta uma coleção sem Alessandro Michele e impressiona por manter a identidade maximalista criada pelo ex-diretor criativo
Esse momento entre diretores criativos como a @gucci atravessa sempre pode ser perigoso. O último show de Alessandro Michele foi na temporada passada, a estreia de @sabatods só acontece na próxima. E o que uma marca desse porte faz nesse meio tempo, já que a moda e as lojas não param? Para a Gucci, hora de ativar seu imenso time de design — a força de trabalho abaixo dos diretores estrela — para repensar essa transição. Vantagem da casa italiana: seu heritage é composto de vários signos que se complementam, seja na fase ultrassexy de Tom Ford ou na sensibilidade ultratexturizada de Michele. O inverno então foi um grande brainstorm, daqueles que rendem. Sem querer apagar o passado e fingir que nada aconteceu, como fazem tantas das suas concorrentes, a ordem ali era limpar um pouco o maximalismo do ex-diretor e abrir espaço para o que vem. Mas sem roupas bobas: as texturas seguem divertidas, a silhueta remete à era Tom Ford, há muita sensualidade assim como um bocado de romantismo nerd. A alfaiataria é ampla, as festas exuberantes, as transparências na medida. Como diz o filme: tudo ao mesmo tempo agora. Ao final, como no hay chefe, todo o time de criação entrou na passarela para os aplausos finais. Coroando um show coletivo em que pôde-se ver que o time não só trabalhou imensamente como se divertiu bastante nesse interlúdio. Um ótimo exercício para deixar a moral elevada — tanto na imagem de moda quanto nas internas.