Fendi: simplicidade embala as silhuetas da nova coleção

Em cenário clássico, com passarela marmorizada, a Fendi mostrou uma coleção de alta-costura concentrando a atenção na fluidez e no caimento, trabalhados principalmente no corte em viés com drapeados, dentro de um conceito de roupa-joia, acompanhando bem de perto a alta-joalheria desenhada por Delfina Delettrez Fendi, diretora artística de joalheria da marca italiana. Roupas e joias únicas e atemporais. “As cores vêm dos tons da pele e, também, das pedras: diamantes negros, rubis, safiras. Há um jogo entre suave e duro, carne e pedra”, descreve o diretor artístico Kim Jones no texto do desfile. Esses opostos aparecem na estrutura da roupa em função do tecido, além da cartela de cores.

Mais uma vez, a ideia de simplicidade embala a coleção no sentido da presença de silhuetas possíveis, sem espaço para fantasias. O que não significa ausência de soluções bem criativas, como nos vestidos fluidos em que a manga é uma extensão do comprimento da peça, ou de complexidade no fazer – algumas peças contaram com apenas uma única costura. O look rosa totalmente bordado, que fechou o desfile, consumiu 1.200 horas de trabalho manual.