MFW: Giorgio Armani fecha a semana de moda italiana

Dizer que uma coleção da Giorgio Armani esbanja elegância é até redundante. Fato é, entretanto, que o sr. Armani, desde o início de sua trajetória, há 50 anos, vêm canalizando seu talento e visão para deixar uma mulher impecável. Sua roupa veste corpos variados. Também não se pode perder de vista sua contribuição para a concepção da alfaiataria moderna. E ela está tão enraizada no DNA da marca que é um exercício que transcorre com facilidade entre tecidos de diferentes caimentos, cujo desenho ele foi buscar referências em culturas do Oriente e Oriente Médio, adaptando-as ao Ocidente. 

São inspirações que também estão na construção da imagem da marca; e na coleção para o próximo inverno resultam em calças fluidas, drapeadas e em estilo harém. Podiam ser protagonistas ou vir sob túnica, discretas ou cobertas de brilho. Cintos largos rígidos e chokers de elos contrastaram com a suavidade da silhueta. Na cartela diurna, o greige Armani teve presença marcante nos looks mais casuais. Tons mais escuros sugeriram formalidade, abrindo espaço para os trajes de noite, dominados por paetês e cristais. Para arrematar todos os looks, para qualquer ocasião, o calçado é flat e exala conforto: botinhas de couro macio e sapatilhas para um full look iluminado.
 
O desfile, o mais importante deste último dia da semana de moda de Milão, aconteceu no endereço habitual do QG da marca, em um cenário formado por semicírculos brancos ao redor de mesinhas com abajures Armani casa, como em bares de coquetel, com suas mulheres sofisticadas transitando entre elas com um discreto sorriso nos lábios.