Viktor & Rolf leva seu amor eterno pelo tule para a alta-costura
Nesta temporada, Viktor & Rolf mostra que roupas podem ser simultaneamente ameaçadoras e lânguidas ao mesmo tempo, sem esquecer seu amor eterno pelos vestidos com tule. Confira!
Já tradicionalmente um desfile esperado por repensar as tradições, a dupla da Viktor & Rolf segue, de certa forma, um caminho dado na última temporada de alta-costura. Lá, os dois se aplicaram na alfaiataria para mostrar como as mesmas roupas podem ser simultaneamente ameaçadoras e lânguidas, dependendo de como as veste e apresenta. Hoje, de volta a abraçar o seu amor eterno pelos vestidos com imensas saias de tule armado para — com uma vontade surrealista — mostrar que, ué, quem disse que o vestido precisa ser... vestido? Fazem referência direta ao desfile de verão 2010, dos grandes momentos da marca que já virou material de museu, quando as construções de tule faziam ângulos improváveis e recortes absurdos como se atravessados por uma motosserra. Os vestidos que desta vez saem dos ateliês até que são “normais”, mas descolam-se do corpo como repensando a tridimensionalidade da moda que é muito consumida por imagens frontais, puxando-os para cima, para o lado, para fora, de cabeça para baixo — feito glitch de metaverso malfeito. Quem já tentou provar uma roupa 3D no seu avatar, sabe bem qual é essa sensação.