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Experimento da NASA pode gerar chuva de meteoros por 100 anos

Entenda sobre o impacto da missão DART, experimento da NASA, sobre a Terra.

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Foto: Getty Images

Em setembro de 2022, a missão DART da NASA marcou um capítulo inédito na história da exploração espacial. Conhecido como Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos (DART), o projeto envolveu a colisão intencional de uma sonda com a pequena lua Dimorphos - que orbita o asteroide Didymos - com o objetivo de testar uma nova tecnologia para desviar asteroides que poderiam ameaçar a Terra. 

Última imagem completa do asteroide Dimorphos (Foto: Divulgação/NASA)

No entanto, as consequências dessa missão podem ir além das intenções originais, oferecendo uma oportunidade única de testemunhar a primeira chuva de meteoros criada pelo homem. Cientistas acreditam que o feito produziu mais de 2 milhões de libras de rochas e poeira — e um novo estudo sugere que fragmentos de Dimorphos podem começar a pousar ao redor da Terra e Marte em 10 anos, com duração de até um século.

Nuvem de detritos após o impacto da missão Dart (Foto: Divulgação/NASA)

Para o estudo, os pesquisadores usaram dados de um pequeno satélite que se separou da espaçonave antes do impacto para capturar imagens da colisão e da nuvem de detritos que se formou depois dela. Com esses dados, a equipe de cientistas conduziram simulações de 3 milhões de partículas que o impacto fez, levando também em conta o poder gravitacional de Didymos, Dimorphos, o sol e outros planetas.

Eles deduziram que se os detritos deixassem Dimorphos a velocidades de 1.118 milhas por hora, alguns pedaços poderiam chegar a Marte, enquanto outros menores e mais rápidos viajando a 3.579 milhas por hora poderiam chegar à Terra em menos de 10 anos.

Foto: Pexels

A previsão é que os meteoros se movam lentamente, com pico de atividade esperado em maio e visibilidade principalmente do hemisfério sul perto da constelação do Indo. Esta potencial chuva de meteoros é única devido à sua origem artificial, diferindo das chuvas de meteoros tradicionais.

Não há dúvidas que a potencial chuva de meteoros gerada pelo impacto de DART representa uma nova fronteira na interação entre a exploração espacial e a observação astronômica. 

Foto: Pexels

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