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Guerra na Ucrânia: devemos temer um conflito nuclear em breve?

Declaração de Ministro russo alerta o mundo sobre confronto nucelar entre países. Confira! 

Guerra na Ucrania
Guerra na Ucrania

A guerra na Ucrânia segue devastando milhares de pessoas e causando grandes questões internacionais. E se enganou quem pensava que o conflito estava seguindo para o fim. Recentemente, o  ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o risco de uma guerra nuclear é real e sério durante uma entrevista transmitida pela televisão russa. 

Segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, Lavrov também acusou países ocidentais de encorajarem a Ucrânia a continuar lutando contra as forças russas. Porém, o chanceler disse ainda que acredita que a guerra terminará com a “assinatura de um documento diplomático”

Durante uma guerra, é difícil prever resultados, mas ainda é possível traçar hipóteses sobre os cenários mais prováveis. Nesse sentido, há algumas possibilidades: guerra longa, guerra que se espalha pela Europa, solução diplomática e deposição do presidente russo Vladimir Putin. Dessa forma, falamos sobre cada uma das possibilidades. Confira! 

Vladimir Putin
Foto: Getty Images
Vladimir Putin
Foto: Getty Images

1 - Uma guerra longa

Este talvez seja o cenário mais provável, lembrando a luta da Rússia na década de 1990 pela tomada de Grosny, a capital da Chechênia. Ainda que a Rússia tenha demarcado presença em cidades da Ucrânia, a manutenção do controle sobre elas talvez ainda dependa de mais batalhas.

Caso a Rússia não tenha recursos para cobrir um país tão vasto, as forças defensivas da Ucrânia poderão representar uma insurgência eficaz, com o apoio da população local. Não se descarta também a possibilidade de que EUA e países europeus contribuam com armas e munições. Após anos de luta, uma nova liderança em Moscou poderia propor a retirada de forças russas da Ucrânia.

3 - Uma guerra europeia

Neste cenário, Putin buscaria recuperar mais territórios do antigo império da Rússia, por meio do  envio de tropas para ex-repúblicas soviéticas, por exemplo, Moldávia e Geórgia, que não integram a Otan.

Outra possibilidade seria uma crescente dos conflitos em território europeu, se Putin considerar o envio armas pelos EUA e por países europeus como um ato passível de retaliação, enviando tropas para os Estados bálticos, por exemplo. Consequentemente, haveria o risco de uma guerra com a Otan, uma vez que, conforme o Artigo 5º da carta da aliança militar, um ataque a um membro é um ataque a todos. Essa seria uma opção para Putin, caso a entenda como sua única alternativa para manter a liderança e, como já se pode notar, o presidente russo está disposto a quebrar normas internacionais.

Guerra na Ucrania

4 - Uma solução diplomática

Diplomatas afirmam que canais estão sendo estabelecidos com Moscou. Além disso, autoridades russas e ucranianas já participaram de reunião na fronteira com a Belarus. Embora não se tenha constatado considerável progresso, a concordância com as negociações serve de indício de que Putin possa aceitar um cessar-fogo acordado. Para isso, a definição dos termos do acordo para a suspensão das sanções contra a Rússia é necessária.

O acordo depende também de um cenário em que a humilhação de encerrar a guerra seja mais vantajosa a Putin que prolongá-la, fazendo-o procurar uma saída. Às autoridades ucranianas caberia ceder politicamente, até mesmo com parte de seu território.  Putin, por sua vez, poderia acatar a independência ucraniana e seu direito de estreitar laços com a União Europeia e a Otan. Embora pouco provável , o cenário pode surgir a partir de um conflito sangrento pregresso.

 5 - A deposição de Putin

Com a morte de soldados russos e as consequências desastrosas das sanções econômicas, Putin perderia apoio popular e seu governo estaria ameaçado por uma revolução popular. Suprimir a oposição exigiria o uso de forças de segurança interna russas, o que poderia desagradar membros da elite militar, política e econômica do país. Neste contexto, se os EUA e a Europa negociarem a substituição de Putin por um presidente moderado, em troca do levantamento de algumas sanções e da restauração das relações diplomáticas, Putin seria deposto. Tal hipótese também é pouco provável no momento, mas pode ocorrer caso as pessoas que apoiam Putin deixem de se beneficiar com a aliança.

Tais cenários não são excludentes e as combinações de alguns deles ainda traria outros resultados. Independentemente de qual seja o desfecho, a relação da Rússia com o mundo será outra, assim como as ações de segurança europeia passarão por uma metamorfose.

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