Kevin Spacey é condenado a pagar milhões de dólares aos produtores de House of Cards
Os produtores pediram indenização para Kevin Spacey por perda de receita devido à sua saída repentina da série após acusaçoes de assédio sexual
Kevin Spacey foi condenado a entregar US$ 31 milhões aos chefes da produtora responsável por House Of Cards após ser demitido devido a acusaçoes de assédio sexual.
A Media Rights Capital (MRC) recebeu US$29,5 milhões em danos e US$1,4 milhão em honorários advocatícios e custas. Os oficiais culparam os danos por perda de receita devido à saída repentina de Spacey em meio a produção da sexta temporada da série. O ocorrido resultou em um roteiro reescrito a fim de removerem o personagem principal e encurtarem de 13 para oito episódios para cumprir os prazos, resultando em dezenas de milhões perdidos.
Um documento apresentado no Tribunal Superior de Los Angeles solicitando a aprovação de um juiz para a decisão diz que Spacey violou as exigências de seu contrato de comportamento profissional ao envolver certa conduta em relação a vários membros em cada uma das cinco temporadas em que estrelou House Of Cards. "A segurança de nossos funcionários, conjuntos e ambientes de trabalho é de suma importância para a MRC e por isso decidimos exigir responsabilidade", disse a produtora em um comunicado na segunda-feira.
A carreira do vencedor do Oscar de 62 anos foi interrompida abruptamente no final de 2017, quando o movimento #MeToo ganhou ímpeto e o ator Anthony Rapp disse que Spacey o abordou sexualmente quando ele tinha 14 anos, em uma festa nos anos 80. Na época, Spacey emitiu um comunicado dizendo que não se lembrava do encontro, mas se desculpou. Logo depois, várias outras acusações apareceram. Alguns, incluindo Rapp, entraram com ações judiciais.
Spacey foi demitido de vários projetos, principalmente House Of Cards, o thriller político da Netflix, onde, por cinco temporadas, interpretou o personagem principal Frank Underwood, um congressista sedento de poder que se torna presidente.
