Nova York - A eterna cosmópolis queridinha
Nova York recebe mais de 56 milhões de visitantes a cada ano, que escolhem o destino por conta das atividades culturais, do circuito gastronômico e dos passeios por pontos turísticos imperdíveis
Todo mundo sabe que Nova York é uma das cidades mais interessantes do mapa, com centenas de dicas culturais, gastronômicas e zero óbvias – capazes de surpreender, inclusive, até os viajantes habitués. E é evidente que existem múltiplas cenas nova-iorquinas que listam dos clássicos aos supercults. Quem faz a linha tradicional, ama a arquitetura neogótica das construções, a culinária prestigiada e os cartões-postais que sempre encantam, a exemplo do Empire State Building e do Central Park. Mas para quem prefere explorar os endereços menos comentados, acredite, há muito a se fazer por lá.
A primeira dica é reservar quatro dias – suficientes para não se entediar. Importante reforçar que o sucesso do roteiro depende da localização escolhida – eu fiquei hospedada no Moxy Lower East Side, na 145 Bowery, aberto no fim de 2022. Ao todo são 303 quartos, projetados para oferecer conforto, ótimo custo-benefício e espaços estilosos. O saguão conta com uma cafeteria descolada, que vira bar ao anoitecer. Por ali é possível trabalhar, petiscar ou treinar a pontaria jogando sinuca. No alto do edifício, o jardim-bar garante vista privilegiada do entorno e carta de drinques impecável. Maníacos por academia têm sala dedicada ao corpo 24 horas por dia, enquanto os comensais podem saciar a fome no restaurante japonês Sake No Hana, que tem ambiente moderno e serviço de qualidade. Até a turma low-profile vai amar o som do piano no lounge “Silver Lining”.
Entretanto, como a maioria dos turistas viaja para bater perna, lá vamos nós ao Bronx, um dos locais mais fervidos da terra do Tio Sam, além de fazer check-in nos seguintes points: SUMMIT One Vanderbilt, Grand Central Station, NY Botanical Garden, Chelsea Market, Little Island, High line Line & Hudson Yards, Little Spain, The Museum of Broadway, Fotografiska Museum, Hall des Lumières, Tin Building e o Carnegie Hall.
SUMMIT ONE VANDERBILT
No coração de Manhattan, ao lado da estação Grand Central, há um observatório novinho em folha. Diferentemente dos outros já existentes, como o “Top of the Rock”, o SUMMIT tem proposta multissensorial, desenvolvida pela SL Green. O endereço apresenta experiências de artes desenhadas por Kenzo Digital e design de interiores de Snøhetta. Em apenas oito minutos dá para conferir “Air Transcendence”, uma ilusão de um universo infinito, sem forma fixa ou limite, que reflete os tons do céu; seguida por “Air Transcendence 2” e seus espelhos no teto, no chão e nas paredes, e “Air Affinity”, mais interativo e lúdico. Para se chegar ao topo, o acesso é feito por dois elevadores panorâmicos, posicionados do lado de fora da edificação. Quem tem coração forte e não foge de uma boa dose de adrenalina, o “Levitation” permite andar sobre pisos de vidros suspensos a muitos metros acima da Madison Avenue. Por fim, o “Escape” traz mostra visual com projeções da artista Yayoi Kusama
GRAND CENTRAL STATION
Inaugurado ao público em 2 de fevereiro de 1913, o local ainda preserva a sua engenharia impactante. Atualmente, ali abriga comércio e restaurantes – caso do Cipriani, do Oyster Bar & Res- taurant e do Magnólia Bakery, além da “MTA Metro-North Railroad”, estação que serve as linhas 4,5,6,7 e S. Impossível não se fascinar pelas altíssimas paredes de mármore, esculturas ma- jestosas e icônico teto com constelações desenhadas. Porém, uma das suas grandes atrações é o relógio opala de quatro faces, que fica no meio do saguão principal. Pelo menos 750 mil visitantes passam por aquelas bandas diariamente.
NY BOTANICAL GARDEN
Eis um verdadeiro museu de coleções de plantas dispostas em jardins e paisagens, uma das maiores instituições de pesquisa da botânica e do meio ambiente no mundo. Criado em 1891, o NYBG distingue-se pela beleza do skyline, instalado em um terreno montanhoso e rochoso, no centro do Bronx. Na época de sua idealização, segundo a história, os britânicos acreditavam que Nova York deveria ter um grande jardim para promover a compreensão pública sobre as plantas e servir de repositório de espécies raras e valiosas. Destaque para o Conservatório Enid A. Haupt, uma estufa em estilo vitoriano construída dentro do maravilhoso Palácio de Cristal, de 1902, que abriga, em 11 pavilhões, diferentes tipos de florestas cultivadas em oito zonas climáticas
CHELSEA MARKET
Destino ideal para quem quer aproveitar a culinária em seu poder máximo. O local é considerado um dos maiores mercados internos de alimentos e varejo do globo. São três pavilhões com dezenas de restaurantes, no Meatpacking District. O frescor dos alimentos é uma de suas marcas registradas. Projetado com tijolinhos, na década de 1890, o recinto gourmet empresta um charme a mais à vizinhança. Perfeito para qualquer hora do dia – do café da manhã ao brunch.
LITTLE ISLAND, HIGHLINE LINE & HUDSON YARDS
Projetado pelo inglês Thomas Heatherwick, o parque flutuante “Little Island” foi erguido sobre uma ilha no rio Hudson, tornando-se o mais novo ponto turístico de NY, onde a arte e a natureza se misturam abraçados por um oásis urbano. Sustentada por 132 estruturas de concreto em formato de tulipas gigantes, a ilhota tem paisagem exuberante e sazonal, bem como tem programação diversa para toda a família. O High Line, por outro lado, já tem a cara urbana da seara ianque. A organização sem fins lucrativos, de mesmo nome, vê os espaços públicos como fundamentais na criação de bairros e cidades saudáveis e conectadas. O High Line é um parque suspenso, onde o visitante pode caminhar por quase dois quilômetros entre uma passarela suspensa construída a partir de uma antiga linha ferroviária da década de 1930. Ainda no West Side, o “Hudson Yards” é um centro cultural recheado de galerias de arte, restaurantes e bares. Destaque para Vessel, uma obra de arte interativa, tramada em aço e bronze, projetada por Thomas Heatherwick, que se traduz como um labirinto de escadas que somam 2.500 degraus e dezenas de pontos de observação.
LITTLE SPAIN
Aqui está uma declaração de amor à Espanha, feita pelo chef José André. O local é inspirado nos mercados históricos do país ibérico, ideal para degustar o melhor da culinária mediterrânea. No cardápio há pratos com carnes, frutos do mar, tapas, empanadas e, claro, a famosa paella. A sobremesa é arrematada pelos saborosos churros. Além dos quiosques e dos bares, o mercado reúne quatro restaurantes: “Spanish Diner”, “Leña”, “Mar” e “Ma Barra”.
THE MUSEUM OF BROADWAY
Se nos palcos da Broadway, o público mergulha nos musicais mais famosos do teatro, no “The Museum of Broadway” ele tem a possibilidade de interagir com a mágica, celebrando a história e os bastidores dos shows. Cravado a poucos passos da Times Square, o museu possui três andares repletos de fotos, figurinos, documentos e layouts imersivos, organizados cronologicamente com o auxílio de historiadores, artistas e designers. Lá é possível encontrar centenas de trajes, adereços e artefatos raros de peças que já estiveram em cartaz, como “Annie” e o “O Fantasma da Ópera”.
FOTOGRAFISKA MUSEUM
“Divirta-se, fique até tarde, escave fundo e derrame a sua bebida” – esse é o lema do Museu Fotografiska, ambientado dentro de 45 mil metros quadrados, na Park Avenue South, no Flatiron District. Nascido em Estocolmo, capital da Suécia, o Fotografiska reúne a maior coleção de fotografias do mapa-múndi. Em oito anos, ele se estabeleceu como centro de inovação e de liberdade de expressão, tendo a fotografia como protagonista. Até o momento são mais de 200 exposições de nomes como David LaChapelle, Annie Leibovitz, Albert Watson, Sally Mann, Zanele Muholi, Cooper & Gorfer, Ren Hang e Irving Penn. Em Nova York, o Fotografiska está abrigado em uma igreja do século 9, de seis andares, configurado com galerias, auditório, café e restaurante.
CARNEGIE HALL
O palco mais badalado do pedaço, inaugurado em 1891, é dono de uma história permeada por músicos extraordinários, não se restringindo somente a promover espetáculos musicais, mas, também, conferências científicas e discursos de líderes políticos. O Carnegie possui estilo renascentista italiano, com design curvilíneo, que permite que o palco se torne ponto focal, abraçado por cinco níveis de assentos, que acomodam até 2.800 pessoas. Por seu line-up já passaram Gustav Mahler, Pyotr Tchaikovsky, Maria Calla, Bob Dylan, The Beatles, Frank Sinatra e o brasileiro João Carlos Martin
HALL DES LUMIÈRES
Conhecido por ser um espaço imersivo de arte digital, o local apresenta para o público maneiras inovadoras de interação com o espetáculo, onde a plateia se torna o centro da experiência na medida em que as exposições são projetadas para complementar os interiores do espaço, nas colunas, nos vitrais, nas esculturas e até mesmo no chão. Embalado pela música, o visitante é conduzido para dentro da pintura. A sede já foi considerada o primeiro arranha-céu na cidade, projetada por Raymond F. Almirall.
TIN BUILDING
Voltado para a gastronomia, o complexo leva a assinatura de Jean-Georges, detentor de três estrelas Michelin e renomado chef francês, que transformou um antigo mercado de peixes em um espaço com restaurantes, bares, mercados e sabores de todo o mundo. Capitaneado pela diversidade nova-iorquina, o lugar reaproveitou o cenário, que data de 1980. A obra de retrofit durou oito anos – e hoje serve de base para os bacanudos “Seeds and Weeds”, “Shikku”, “House of the Red Pearl”, “T.Brasserie”, “Frenchaman’s Dought” e o “Double Yolk”. Também há seis empreendimentos que servem comida nos balcões, três bares, um mercado e espaço para jantares privativos.
O INÍCIO DE TUDO
A viagem começou com a Delta Air Lines. Com oferta de mais de 4 mil voos diários, conectando pessoas em mais de 275 destinos, a companhia aérea foi a responsável pelos voos de ida e volta desta trip, oferecendo uma experiência exclusiva. A cabine Premium Select traz o melhor da gastronomia em altitude de cruzeiro, além de presentear os passageiros com kits de amenidades feitos à mão. Dentro da aeronave, o luxo e a praticidade combinam entre si, juntamente com o conforto das poltronas mais espaçosas. O pouso em Nova York ocorreu no terminal dedicado à Delta, no Aeroporto LaGuardia. O local, projetado para oferecer eficiência e praticidade aos viajantes, permite uma circulação mais rápida e intuitiva por todo o trajeto. Além disso, o Terminal C utiliza tecnologias de ponta, como a entrega de bagagem handfree, check-in por autoatendimento e recursos de triagem por identidade digital, detalhes que facilitam o traslado no aeroporto.
*A editora de viagens da L’Officiel Brasil viajou a convite da Interamerican Network, em parceria com a Delta Air Lines, NYC & Company e Moxy Hotels/Rede Marriot