Raf Simons apresenta sua primeira coleção masculina para a Prada
Apresentando sua primeira coleção masculina na Prada, Raf Simons traz em sua bagagem inúmeras possibilidades e novas combinações para a temporada de Outono-Inverno 2021.
''Aproveitando a ideia de criar um espaço virtual, graças à arquitetura e à tecnologia, queríamos algo que não fosse externo, mas interno”, afirmam Miuccia Prada e Raf Simons em perguntas e respostas após a apresentação. Por meio de uma interação com alunos de escolas de designers ao redor do mundo, os dois diretores criativos exploraram o que está por trás dessa coleção que brinca com o tato - a necessidade de tocar e sentir que tanto queremos é interpretada pelo uso de tecidos que aumentam a sensação de prazer: da malha ao jacquard, do re-nylon (o famoso nylon reciclado da Prada) ao tweed bouclé, da lã ao veludo, até para o couro macio e forrado, tudo é aconchegante e envolvente. As silhuetas aparecem no estilo intertemporal dos anos sessenta em padrões geométricos, dos anos noventa nas formas, enquanto a paleta varia de cores mais escuras às mais acentuadas (vermelho e roxo). Surgem os "long johns" em malha jacquard, criando uma "segunda pele" fluida, enriquecida pela sobreposição de gola alta e jaquetas, num jogo de camadas e texturas diferentes. Destaque para a presença do rosa punk, mesmo para acessórios, como as luvas de couro com bolso frontal inserido.
A interação do fashion film, acompanhada de interlúdios dançantes, é projetada para fora, na direção da sequência de ambientes que as modelos percorrem durante o show. Os “não espaços” do desfile, desenhados por Rem Koolhaas e AMO, são definidos por painéis de mármore, resina, gesso e “faux peles” ou pele falsa, o mesmo material inserido também no pescoço dos maxi trespassados cachecóis do desfile.