Rainha Elizabeth: conheça todos os detalhes do iate da monarca
A embarcação foi um espaço próprio para que a rainha relaxasse, geralmente acompanhada pela família.
O Britannia, iate real da Marinha Inglesa, foi aposentado em 11 de dezembro de 1997 e, posteriormente, tornou-se um museu flutuante na cidade de Edimburgo, na Escócia, devido à pressão do povo, que não compreendia a necessidade de a família real ter um iate. A atração turística revela as particularidades da embarcação que serviu como residência flutuante, local de repouso e embaixada móvel da rainha Elizabeth durante 44 anos.
A embarcação foi um espaço próprio para que a rainha relaxasse, geralmente acompanhada pela família. Poucos foram os convidados por Elizabeth II e pelo príncipe Philip a desfrutar do iate. Entre os que tiveram essa honra, estão o então presidente americano Ronald Reegan e Nancy, sua esposa. No entanto, os ilustres convidados nunca tiveram o direito, reservado apenas aos membros da família real, de se hospedar no barco.
Com 125 metros de comprimento e cômodos enormes similares aos palacianos, o Britannia foi construído em 1953. Seus móveis e decoração original ainda são mantidos, como o piano preso ao assoalho por parafusos para evitar danos com o movimento marítimo, uma mesa de mogno de 20 metros de comprimento, na qual grupos fechados hoje podem fazer uma refeição e um enorme aparelho de telefone interno destinado à comunicação entre a rainha, os criados e tripulantes.
Das três cozinhas do Britannia, uma se destinava apenas ao preparo das refeições da Rainha. Os dormitórios reais contavam com janelas propositalmente altas, para impedir que os demais tripulantes espiassem o que se passava no interior deles. Além disso, contavam com o próprio escritório, nos quais a rainha podia despachar. Na decoração dos aposentos do príncipe Philip, cujo gosto diferia do da rainha, foram usados tons mais austeros e, por exigência dele, travesseiros sem bordados.
A tripulação contava com mais de 20 membros, fora os criados da rainha. Ao todo, 220 pessoas fizeram parte da equipe, a partir de uma rigorosa seleção. Para não incomodar a majestade, os criados e tripulantes, além de andarem com tênis macios para evitar ruídos, tinham de se comunicar por sinais e gestos.
Ao longo de sua história, o Britannia fez 968 viagens oficiais para 153 países, incluindo o Brasil. Para os que desejarem visitá-lo, o tour autoguiado, por meio de fones de ouvido, está disponível em 30 idiomas – entre eles, o português. Todo o dinheiro arrecado com o valor dos ingressos é revertido na manutenção do iate, embora não haja planos para que volte à ativa.
