Vaticano proíbe que Papas doem órgãos. Descubra o motivo!
Apesar de apoiarem a doação de órgãos, a igreja não permite que seus pontífices doem os tecidos e órgãos.
A doação de órgãos é um dos atos mais importantes que alguém pode ter em relação ao outro, ajudando a salvar e a dar qualidade para muitas outras vidas. A doação só é permitida se a família do falecido autorizar e somente após a confirmação da morte encefálica, geralmente declarada em pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.
Em 2011, um médico alemão levantou a questão sobre a doação de órgãos em relação ao papa Bento 16 ao descobrir que o pontífice havia um cartão de doador emitido por uma associação médica em 1970. Porém, a descoberta levantou vários pontos dentro da igreja católica e o secretário particular do papa, monsenhor Georg Gaenswein, precisou fazer uma declaração na época.
Segundo Gaenswein, o papa sempre foi defensor da doação de órgãos e o cartão é verdadeiro, mas que ele se tornou inválido com a eleição do cardeal Ratzinger para o papado.O Vaticano também aproveitou para falar no comunicado, que após a morte de um papa, seu corpo pertence totalmente a Igreja, e que pela tradição precisa ser sepultado intacto. Além do mais, órgãos do pontífice se tornariam relíquias em outros corpos caso o mesmo seja declarado santo após a morte. Por isso, nenhum papa pode ser doador de órgãos.
Em 2019, o papa Francisco recebeu centenas de membros da Associação Italiana de Doadores de Órgãos (AIDO) e defendeu a doação em seu discurso: “O significado da doação para o doador, para o receptor e para a sociedade, não termina em sua utilidade, pois se trata de experiências profundamente humanas e cheias de amor e altruísmo. A doação significa olhar e ir além de si mesmo, além das necessidades individuais e abrir-se com generosidade a um bem mais amplo. Nesta perspectiva, a doação de órgãos não é apenas um ato de responsabilidade social, mas uma expressão de fraternidade universal que une todos os homens e mulheres”.
