Carol Kauffmann vê suas peças estrelarem a série Emily in Paris

Aperte o play: tem o anel Lucky Cards, que simboliza a sorte e a diversão, na mão do personagem Julien, no episódio “Break Point”; o anel Coral, de ouro 18 quilates, morganita e brilhantes, de novo nas mãos de Julien; e dois anéis com Mindy, cantando em uma festa. Sim, tem participação brasileira, a Carol Kauffmann Jewellery na minissérie da Netflix do momento, Emily in Paris. “Tenho uma representação na Europa que foi abordada pela produção da série Emily in Paris, da Netflix. Eles escolheram mais de oito peças para a série, o que é um reconhecimento muito grande. A Emily representa o conceito da mulher moderna, trabalhadora e independente que escolhe as próprias joias, roupas e look e é segura de si. Essa é a mulher que minha marca representa e com a qual se identifica”, fala Carol, contando que a nova coleção deste ano tem dois temas bem diferentes. A primeira é Explosão, uma coleção mais galáctica, com chapas de ouro, formatos ondulados, raios e brilhos, destacando a força do ouro com brilhantes e somente ouro. A segunda coleção é mais romântica, feminina, chamada Jardins Secretos, com turmalinas brasileiras e formatos mais orgânicos inspirados nos jardins de Monet.

Mas o amor de Carol Kauffmann pelas joias não é de hoje. Ela vem das mulheres da família de origem libanesa, que sempre gostaram muito de se vestir bem e de usar adereços preciosos. “Minha mãe, quando eu era pequena, separava na cômoda as peças que iria usar naquela noite, e eu ficava junto com ela fazendo essa seleção, apreciando, provando...”, relembra. Carol trabalhou por 15 anos no ramo têxtil e então resolveu dar um tempo para ter o terceiro filho. “Até então, eu nunca tinha parado de trabalhar. Durante esse período, decidi fazer um curso de um tema que me interessava – joalheria e ourivesaria. Sempre tive aptidão manual; fazia esculturas como hobby na adolescência e juventude. Acabei me apaixonando pela ourivesaria e por tudo o que envolve as joias.” Aí, ela uniu a experiência na indústria têxtil, especialmente no desenvolvimento de novos produtos e engenharia têxtil, e a curiosidade em encontrar técnicas novas para criar joias com novidades e diferenciações e mergulhou no mundo da joalheria. Carol também tinha um background em artes. “Eu me formei em história da arte. Desde pequena, frequentava com a minha família museus e líamos livros, o que proporcionou uma educação rica nessa área. Misturando esse conhecimento com tecnologia, desenvolvi minha linha de joalheria. Acredito que me inspiro constantemente nas exposições de arte contemporânea que visito e nos livros de artistas do mundo todo”, analisa. Sua vivência na moda também a influencia. “Uso muito trabalho em textura nas placas de ouro”, conta. “Acredito que, com base nesses pontos importantes da minha coleção, minhas joias acabam sendo muito identificáveis e têm um DNA muito próprio.”