Cartier foca nos bichos preferidos na nova coleção de alta joalheria
Os bichos preferidos de Cartier são o foco da nova coleção de alta joalheria, Nature Sauvage, que acaba de descortinar seu segundo capítulo
Que tal uma pantera ou um crocodilo de estimação? Os bichos preferidos de Cartier são o foco da nova coleção de alta joalheria, Nature Sauvage, que acaba de descortinar seu segundo capítulo. Confira!
As panteras têm sido uma parte proeminente do zoológico de joias da Cartier desde 1914, quando o primeiro felino pôde ser visto em um relógio de pulso Cartier pontilhado com diamantes e detalhes de ônix. Na nova seleção de alta joalheria da marca, Nature Sauvage, uma versão de ouro branco e diamantes, com manchas de safira, nariz de ônix e olhos de esmeralda salta sobre o pulso, desempenhando o papel de pulseira e anel ao mesmo tempo, sendo que o grande desafio foi a técnica que permite vestir a joia devido às diferentes morfologias da mão. É a peça mais intrincada do primeiro capítulo da coleção apresentada em maio, em desfile seguido de gala em Viena.
Espécie de mascote da Cartier, a pantera, entretanto, não reina sozinha neste lançamento. Os designers também elegeram cobras, papagaios-azuis, flamingos e mitológicos grifo e dragão que dialogam também com a arquitetura em cerca de 90 peças que consumiram em torno de 70 mil horas de trabalho – cada peça leva de 1.500 a 3 mil horas para ser feita – da equipe de artesãos ao longo de três anos durante oito horas por dia. Boa parte das peças se desdobra para ser usada, ainda, como brincos, broches, anéis ou pulseiras. Uma proposta dessa magnitude costuma chegar aos clientes em etapas. Aqui, são três momentos que se estendem até o início do próximo ano.
A segunda parte ganha holofote agora. Nela, um elefante surge em motivo gráfico, enquanto uma pantera reaparece no centro de um colar com cores exuberantes. Ao mesmo tempo, borboletas deixam sua delicada marca em um conjunto art déco. “Como um ator, o animal brinca com gráficos, volume e ilusões de ótica, misturando-se a uma paisagem imaginária”, descreve Jacqueline Karachi, diretora de criação de alta joalheria da Cartier. O processo criativo dos quatro novos sets, como é comum nos procedimentos da grife francesa nesse segmento, começa pelas pedras, selecionadas em várias partes do planeta.
No colar Chryseis, batizado em homenagem à espécie de borboletas que inspirou o design, pedras salientadas de ônix escolhidas evocam algumas das criações anteriores da maison preservadas em seus arquivos. O inseto, um dos favoritos da Cartier, ganhou padrões em preto e branco nas asas, contrastando com o frescor das contas de calcedônia. A imagem é de elas flutuarem ao redor do pescoço. Já o pingente é realçado por uma rubelita de 63,76 quilates em uma paleta harmônica de cores. A sintonia cromática, com tons naturalistas, revisita o trio vermelho-verde-preto simbólico da marca.
O elefante reina no centro do colar Vamana, em uma nova interpretação que mistura estilos figurativo e abstrato. Com suas orelhas, tromba e olhos de esmeralda, o animal é moldado com uma combinação harmoniosa de triângulos, losangos e diamantes em formato de pipa. A malha gráfica continua ao redor do pescoço, com detalhes finos em abertura que acentua sua precisão.
Poder absoluto é o colar Panthère Chatoyante, com o felino destacado pelos olhos de esmeralda realçados por toques de laca preta. O colar se desdobra em uma luxuosa variedade de cores vivas, apresentando uma composição de rubelitas, crisóprasos e outras esmeraldas. Já em Sibaya, além do realismo, este colar leva a estilização aos limites da abstração, a partir do crocodilo, réptil familiar na fauna da Cartier. O foco são detalhes capturados do animal e traduzidos em uma composição geométrica. As escamas foram feitas de um conjunto de esmeraldas pão de açúcar, escolhidas uma a uma, tanto pela cor quanto pelo formato redondo. É, ou não, a melhor maneira de adotar um animal selvagem?
